quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!
Ano que começa com o eclipse (!) de uma "lua azul".
E, espero, muitas estrelas no céu.




terça-feira, 29 de dezembro de 2009



(Salvador Dali)


Às vezes, eu queria ser daquele tipo bem fragilzinho.
E simplesmente chorar.
Mas, ao invés de chorar, fico articulando soluções mirabolantes. Ou fico com raiva de mim e toco a vida, sem uma lágrima. 
Quem chora, se inunda temporariamente de tristeza, desperta piedade e ganha colo.
Às vezes, eu queria, simplesmente, saber chorar.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


(não sei quem é o autor da ilustração)


Minha TPM está no auge. Enquanto não passa, fico totalmente meio descompensada.
Eu não gosto de ficar assim, principalmente porque não estou das mais doces esses dias. Sabe uma pessoa irritadinha? Então...

Falar nisso, só eu acho festas de final de ano constrangedoras?
Morroooooooooooo de vergonha de comemorações assim. Fico num sem graça...
Estou tentando socializar e tudo. Mas, sabe a impressão que dá? Que todo mundo parece ter a obrigação de ficar feliz, de ter dez milhões de amigos, de comemorar... 
Eu gosto de estar entre as pessoas que amo. Gosto (muito) de estar entre meus amigos. Mas prefiro situações naturais. 
OK. Estou tentando (de verdade) acabar com esse preconceito. Esses dois últimos anos são a prova da minha boa vontade. Mas... ainda tenho muito que melhorar nesse quesito.
Um dia consigo. Ou... um dia compro uma casa na praia. Numa praia distante. :)

domingo, 27 de dezembro de 2009


 (Laerte - daqui)


Sem querer criar climão. Ainda mais no fim de ano.
Mas... sempre desconfiei do Papai Noel com aquela roupa peludinha...
Gosto (bem) mais dele assim: fashion.

E o Laerte continua genial.

(Pesare, Night Harvester)


Estrelas recém colhidas.
Obrigada, Cavaleiro.
Se a mim, elas adornam, que a você, elas façam sorrir.

sábado, 26 de dezembro de 2009



(Níquel Náusea - daqui)

Minha mãe troca tudo e acha que é normal, afinal, ela tem o que chama de "direitos adquiridos".
No final, eu vou pra um canto, minha irmã vai para o outro e ficamos escondidas ou vermelhas até a vergonha passar.
Enquanto isso, ela morre de rir. Não sei se da gente, ou da situação.
Desconfiamos que ela faz de propósito.
Ontem teve uma situação típica.
Fim de ano, optamos sempre ficar juntas, então, fomos visitar uma amiga que tem criação de White Terrier Westie. Um cachorro muito lindo. Branquinho e peludo. Coisa mais fofa. Foi minha mãe ver os filhotinhos e:
- Nem é tão bonito pra ser tão caro...
No fim da visita, reclamou da escada e ainda trocou o nome da mãe da anfitriã:
- Tchau dona "Nóia". Gostei muito da senhora. Só não gostei dos cachorros...


(Bichinhos de Jardim - daqui)

Fim de ano.
Ô preguiça...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009


(Bright Nebulae in M33 - foto da Nasa)

A Nasa, todo dia, publica uma foto diferente em seu site.
E a cada vez que eu vejo uma delas, fico sem saber o que falar.
Então, é melhor mostrar. De bônus, um pedacinho de uma música que adoro.

Há de surgir
Uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir
Há de apagar

Uma estrela no céu
Cada vez que ocê chorar

O contrário também
Bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar
Quando a lágrima cair
Ou então
De uma estrela cadente se jogar
Só pra ver
A flor do seu sorriso se abrir

(Estrela, Gilberto Gil)




(Fotos da Nasa - daqui)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009


(Mari Ribeiro)

Finalmente, recesso.
E recesso não são férias. :P
Estou com preguiça de qualquer coisa. Minha vontade é de ficar deitadinha no sofá, vendo filme e tomando sorvete. Mas, não deixam. Nunca deixam.
Estou cheiinha de coisas pra fazer até janeiro. Monografia, trabalho que trouxe pra casa e uma infinidade de obrigações.
E o calor? Chegou o verão e eu começo a ficar preocupada (e suada). Não gosto. Você bem sabe.
Além disso, nesses últimos dias, muita, muita coisa aconteceu. Tantas que nem sei por onde começar. Então, desisti de contar. Por pura preguiça.
A verdade é que você já sabe boa parte das novidades e, embora eu fale mais do que as tampas, quando o assunto são as minhas resoluções, fico calada. Puro instinto. Às vezes não percebo que faço isso. E só me dou conta quando já estou lá na frente.


Estou louquinha pra ir ao cinema. Louquinha mesmo. Tirar o atraso, sabe?
Me disseram que Avatar é meio bobo, mas o visual é imperdível e que eu pre-ci-so ver.
Estou super curiosa. Não gosto de criar expectativas, mas...


Hoje tem *outro* bota-fora de Natal. Eu vou, claro. Dessa vez é coisa (bem) pequena. O de ontem foi inacreditável. Não gosto de festas corporativas, você sabe. Mas capricharam. Um dia inteiro em um hotel fazenda. Pra falar a verdade, cheguei mais tarde e sai mais cedo, à francesa.
Nada mais eu, que isso.


Meu firefox não funciona. De novo. Vou ter de reinstalar. De novo.
Será que o problema está entre o teclado e a cadeira?


Acho que beringela vicia.


Acabei de ler no celular: "Vou depois da hora, porque saio mais tarde do trabalho. Você consegue chegar sozinha?"
Pelamor. Minha fama de Maria-Perdida atravessa continentes.
E detalhe: o lugar marcado é 2 Km aqui de casa. E eu passo por lá  t-o-d-o dia.
Estou repensando a ideia do GPS.


E agora, dá licença. Vou ali enfrentar a multidão na rua. Detesto! Mas pedido de mãe é uma ordem. No sentido mais literal da palavra.


P.S. Já falei que a decoração de natal da Paulista está inacreditavelmente perfeita? Está mesmo. E você sabe, não sou lá muito fã disso.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009




Preciso dizer mais alguma coisa?
E fica pior à tarde...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009


(Adão Iturrusgarai - daqui )


Você já comeu pizza quadrada e cortada a facão? 
Eu nem gosto muito de pizza, mas essa é, além de leve, bem exótica. 
Não é segredo para ninguém que sou chegada a excentricidades... 
O problema foi que me perdi pra chegar e me perdi pra ir embora. 
O meu senso de direção já virou motivo de piada. Aliás, o meu senso de direção e a minha incapacidade de beber mais de uma dose de qualquer coisa, já viraram motivo de piada. 
A gozação é tanta que ganhei um bombom de lícor hoje com a recomendação expressa de "se comer, não dirija..."



domingo, 13 de dezembro de 2009


(De Chirico)


Sério.
Hoje (domingo), eu não parei de trabalhar um minuto sequer.
Acordei, tomei banho, tomei café e trabalho.
Almocei quase cinco da tarde e... trabalhei até agora. 
São nove da noite e só penso em que horas vou parar. Preciso urgente tomar um banho morno e descansar.
Mas, tenho que terminar o... trabalho.
É pra chorar. Ainda preciso fazer três exercícios enormes da Pós que vencem hoje.
Não sei o que dói mais: minhas costas ou o meu cérebro.



sábado, 12 de dezembro de 2009



Aprendi na escola, quando era pequena, que nosso sistema solar tem nove planetas. 
OK, Plutão foi rebaixado. 
Oito planetas. 
Cada um deles, tem as suas luas.
Marte tem 2. 
Saturno tem 56. 
Júpiter tem 66. 
A Terra tem apenas uma, mas tem terráqueos. Um monte deles.
Os planetas que conhecemos são bem diferentes entre si. Mas têm uma característica em comum.
Eles têm apenas um sol. De quinta grandeza, é verdade. 
Mas apenas um. 
Não deveria ser assim também com as pessoas? 




Você sai fugida do trabalho, vai pra festa e... passa a noite quase toda do lado de fora, falando sobre filme com o chefe do filho de sua amiga... 
Rock´n´roll lá dentro e você falando de filme? 
Depois reclama... 
Sabe o pior? As pessoas olham pra você, toda alegre e feliz e não imaginam que, mesmo você estando, de fato, alegre e feliz, a sua cabeça viaja pra longe, ainda que pra perto. 
Vai entender, né?

P.S. A tirinha é da Rabuga. 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

 
(Gilmar - daqui)

Tem umas que a gente passa, que só por Jisus.
E eu só conto porque é pra vocês, claro.

Em um dos campi que trabalho, tem um ladeirão estrambólico e estratosférico. Se eu estou de metrô, subo a pé, praguejando. Ou peço carona a qualquer um que estiver no campus. 
Se eu estiver de carro, ofereço carona pra quem estiver na minha frente. 
Eu sou uma espécie de agenciadora de caronas lá do trabalho. Fiz fama.
Nhé.
Hoje, por causa da noite de ontem, decidi que merecia um descanso. Então, fui de carro.
Na volta, claro, perguntei se alguém queria subir. E um dito quis. O detalhe: ele mora (mais ou menos) perto de mim.
Então, fomos felizes e contentes colocando a conversa em dia, até que uma hora ele me saiu com uma dessas:
- Tem mulher que dirige parecendo que está fazendo amor (sic) com o carro. É tão sensual.

E eu, jurando, inocentemente, que ainda era efeito dos dois chopes de ontem, perguntei:

- Como é?
Ele repetiu. Para o meu total espanto.

Para não cair na gargalhada, fiquei em silêncio até o fim do percurso. É claro que a música ajudou, mas não foi muito fácil.
Cheguei em casa, liguei para uma amiga e contei a cena, sem omitir n.a.d.a.
Ela me saiu com essa:

- Agora, nega, nunca mais você vai passar marcha da mesma maneira...
E eu estou rindo até agora.
Cada um leva a cantada que merece, né?
Acho que o próximo passo é cantarem música sertaneja pra mim.
Fim de carreira.
Total.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009



 (Olbinski)


As paredes da linha verde do metrô estão repletas de poesia. Re-ple-tas. 
Não, isso não é uma metáfora.
Entre uma escada rolante e outra, li Pessoa, Camões e Bilac. E senti, de novo, aquela sensação de pertencimento.
Aquela, que o "anjo com olhos de demônio" disse que eu sentiria um dia. 
Eu gosto tanto, sabe? Gosto tanto desses segundos de felicidade sem nenhuma explicação.
Eles são tão meus... Mas, gosto de dividi-los. Por isso, eu queria que você estivesse ali, comigo.
Quem sabe assim, você conseguisse enxergar a beleza guardada nas pequenas coisas do cotidiano. E entendesse o que, há dias, meus olhos tentam dizer quando vêem os seus.



terça-feira, 8 de dezembro de 2009

São Paulo está, literalmente, debaixo d'água.
Eu nem fui trabalhar hoje. E nem vou mais tarde. As marginais Tietê e Pinheiros transbordaram. 
E já estão falando em "alagão". Apagão é coisa do (mês) passado.

Estou preocupada de verdade. Ninguém, ninguém mesmo está imune às chuvas na cidade. 
E, pra piorar, ganhei um brinde: goteiras na sala. Um horror.

Uma coisa é certa. Meu próximo carro vai ser "anfíbio". E pronto.


Será que vai combinar com o meu relógio à prova d´água? :P

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009










(Bichinhos de Jardim - clique para ampliar)

O sistema do meu trabalho está tão lento, tããããão lento, que entre uma tela e outra, consegui vim aqui postar.
Vou começar a fazer testes.
...
Será que dá pra ir buscar um café no outro prédio e voltar até mudar de tela?


domingo, 6 de dezembro de 2009



(Argaiz, La ciudade de noche)

Cinco e meia da manhã. Acabei de chegar em casa.
Tem uma borboleta na porta do banheiro. Daquelas pretas, bem grandes.
- Como é que eu vou tomar banho? Me fiz essa pergunta mil vezes, até que vesti o roupão, me cobri com um lençol (feito um fantasma sem noção) e saí correndo banheiro adentro. A borboleta nem se mexeu. Deve estar com medo de mim. E eu, claro, estou com medo dela. Uma troca justa.
Lembrei da cara do Cavaleiro Solitário quando falei que tenho medo de tudo que voa. Inclusive passarinho. Ele riu. Aliás, acho que foi o que mais fizemos hoje à noite. Rimos.
De tudo e de nada.
Das minhas histórias, das dele e do que ocorresse.
Em dias nublados, o melhor a fazer é sair e rir. Sentar em um bar e rir. A vida parece mais fácil e leve desse jeito. Principalmente quando se é madrugada e o dia seguinte é um domingo.
Fico devendo essa ao Cavaleiro Solitário. Eu sei que fui a "segunda opção", mas sei também que ele tem a certeza de que sempre pode contar comigo. Nas horas boas e nas ruins.
O que ele ainda não sabe é que, minhas horas ruins, podem ser transformadas, facilmente, em horas boas. E que pra isso, nem é preciso muito esforço. Só carinho, atenção, o frio da madrugada, batata frita com queijo, café com leite em uma padaria no meio de uma rua sem nome e uma imensidão de luzes coloridas e (bregas) de natal.

sábado, 5 de dezembro de 2009

 

E depois falam que a minha implicância com a chuva é birra.
Na quinta, São Paulo ficou debaixo d´água. Foram 42 pontos de alagamento. Algumas vias de acesso ficaram bloqueadas. Principalmente na Zona Oeste da cidade.
Adivinhe onde eu estava?
Na Zona Oeste da cidade, claro. Dentro do carro, sozinha, parada, em uma das vias de acesso à Marginal Pinheiros. A água subia e eu, que nunca tinha passado por uma situação dessas, não sabia se dava risada ou chorava.
Decidi não me desesperar. A moça do carro ao lado já estava chorando por nós duas. Com razão, aliás.
Abaixei o vidro e perguntei ao moço bonito do CET o que fazer. Visivelmente preocupado, ele me disse para esperar. E eu esperei. Corrigindo provas, ouvindo rádio e pensando sobre a vida.
Duas horas assim.
Pensei muito sobre a vida.
E não telefonei para ninguém. De quei iria adiantar? Preocupar as pessoas não iria aliviar a minha angústia. Também não mandei recadinhos pelo celular para saber se minha família e os meus amigos estavam bem.
Eu não estava bem. Talvez fosse a hora de se preocuparem comigo. Mas dificilmente isso iria acontecer. A imagem que fazem de mim é diferente do que sinto, mas corresponde ao que faço. E eu faço as pessoas pensarem que consigo me virar muito bem sem ajuda.
É uma falsa onipotência. Talvez seja o medo de precisar e não ter. Talvez isso venha da infância, ou seja um traço da minha personalidade.
A questão é que me descobri sozinha e muito mais preocupada comigo do que eu jamais fui.
Eu não sei ainda de muita coisa. Só sinto que, talvez essas duas horas aflitivas, tenham sido as melhores duas horas da semana.
Mesmo tendo sido as piores. 


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Fim de ano é sempre uma época esquisita pra mim. 
Este ano, decidi deixar isso pra lá. Desapegar, sabe?

Evidente que essa decisão não foi assim, de uma hora para a outra. Entendimento não é mágica. É exercício.
E estou, todo dia, fazendo um pouquinho da lição de casa.
Não tem sido simples. Mas também não é nada do outro mundo.
Se tem valido a pena?
Tem.


Falando nisso, peguei esse video abaixo na página do menino mais meigo do mundo.
Como eu, ele adora Carl Sagan.
Ele não postou lá para mim, evidente. Mas tenho a certeza de que se lembrou de mim quando assistiu (sem falsa modéstia).
E sabe, caiu como uma luva para o meu agora. Perfeitinho mesmo.
Ontem, aproveitei o último dia de aula em uma turma e passei em sala. Consegui ver, no rosto dos "meus meninos", uma luz brilhando.
É essa luz que quero ver sempre. Em mim, e nas pessoas que amo.
Por isso, coloco o vídeo aqui para você. Porque, por mais brega que soe, eu quero ver você brilhando comigo. 




terça-feira, 1 de dezembro de 2009



Depois de três semanas, finalmente uma manhã de folga e... temos hoje um sortimento de gentes em casa: pedreiro, pintor, faxineira, mãe que fala alto...
Já coloquei o travesseiro na cabeça, já pedi para falarem baixo, já acordei e olhei pra todo mundo com a *cara mais feia do mundo*, não almocei para não ter de ver ninguém e agora... tcham, vou sair para trabalhar porque é mais sossegado. 
Valha-me Nossa Senhora das Folgas não Folgadas. Protejei-me desses infiéis.

Amém.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009


Meus cotovelos estão doendo.
Os dois.
A gente tem de admitir, com dignidade, quando perde uma disputa.
Admitido, então. :P
Não foi desta vez, mas um dia, a minha estrela vai brilhar...

Sabe como é, além de orgulhosa e cabeça dura teimosa, eu sei que "o tempo é o senhor da razão".




P.S. A tirinha é do Laerte.
Adivinhe quantos dias trabalhei esta semana?
Se você disse sete, acaba de ganhar o prêmio de resposta óbvia do ano.
Final de semana pra que, né?


Bichinhos do Jardim - daqui


sábado, 28 de novembro de 2009



(Tamara de Lempicka)


Eu acredito, acredito mesmo, com todas as minhas forças, que tudo tem um porquê.
Chame do que quiser. De crença, de bobagem ou de medo. Eu não me importo com o nome.
Aliás, ultimamente, não tenho me importado com muita coisa.
Não é descaso, não é desdém. É só o entendimento de que o que realmente importa, vai além  do óbvio. E o universo é cheio de sutilezas e curvas sinuosas. Algumas delas, vai desculpando, são as minhas.
Se alguém não enxerga isso, aí já não é problema meu. E essa é uma das diferenças do meu hoje e do meu ontem. Hoje, o que não é problema meu, não é problema meu.
Eu me enxergo assim. E se alguém não me vê dessa forma, o que eu vou fazer? Me submeter?
Você me conhece. Sabe que não.
Se  me quiser por perto, ótimo. Se não quiser, a escolha é sua. E é legítimo e honesto dizer não.
Essa é uma posição que me faz ser honesta e dizer abertamente o que tenho pensado sobre mim. E sobre minhas escolhas. Uma delas é não me esconder mais.
Não é fácil, mas eu já entendi. Sou diferente. Somos únicos em uma imensidão de iguais. Paradoxal? Eu também acho, mas nem tudo é lógico.
Não vou me esconder mais. Nem de você, nem dos meus medos, e nem dos meus sonhos mais inconfessáveis.
Um deles é de me sentir linda. Por dentro, por fora e por todos os lugares.
É engraçado como eu tenho de medo de conseguir e faço tudo ao contrário. Minha mente briga com a minha alma constantemente e temos aqui, não uma relação dialética, mas de poder. Quem é mais forte? O intelecto ou o sentimento?
E eu dou risada. Como se minha mente e meus quereres fossem indissociáveis. Não são, porque ambos sou eu. Um eu que você não conhece. Ainda assim, a lua que eu vejo agora, é a mesma que ilumina o seu caminho  Com a diferença de que um de nós dois, olha para cima e vê o céu, enquanto o outro, mergulha no infinito.

terça-feira, 24 de novembro de 2009


(Angeli)

Além do trabalho cotidiano e ininterrupto, hoje ainda tive de gravar um videozinho (caseiro) para mandar para um "dever" da Pós. Um parto!
Eu sempre me pergunto por que me meto nessas coisas. A resposta é óbvia. E eu simplesmente preciso tomar jeito. Se não gosta, não faça. Essa deveria ser a lei. Como se eu pudesse obedecê-la...

Começou a chover (de novo). Dá pra imaginar a minha carinha de satisfeita, né? :P

Sapato bonito é incompatível com sapato confortável.
Ai meus pés!
:(

Pintei minhas unhas de rosa ontem. Sérião, me sentindo a própria dona de casa fashion dos anos 60. Sabe o pior? T-o-d-o mundo gostou (todo mundo que interessa). Moda, realmente, é uma coisa engraçada. Modismos, então...

Não adianta. Há dias não consigo almoçar direito em casa. Comida tem de ser bonita. Senão, eu não como. Bem criança que faz birra. Eu sei. Mas...

Vou começar a tomar floral de novo. No mínimo, três meses. Já mandei até fazer. A conselheira estelar foi quem indicou, como sempre.  E vou marcar homeopata. Juro.
TPM bem fortezinha, sabe?
Estou escrevendo aqui, para que o mundo e meus três leitores sejam testemunhas de que vou me esforçar, cumprir promessa, etc, etc, blá, blá, blá.

Detesto dia de faxina. E detesto ser fiscal de prova. 
Mas adoro cheiro de hortelã. E capim cidreira. Então, dá licença que vou ali fazer chá pra acalmar os "nervos".
Servido?



domingo, 22 de novembro de 2009

(Klimt, The Kiss)



Calor, calor, calor, é só isso que eu consigo dizer além de: preciso de outro banho gelado.
Pois é, estou sem um pingo de ânimo para qualquer coisa. Esse calor, definitivamente, me atordoa.
Fico sabor limão azedo. :P

Tenho tanto e-mail não lido (e não resolvido) na caixa postal que ando com medo de uma rebelião interna por aqui. Daqui a pouco meu computador entra em greve por causa disso.

Dormi tanto no feriado (salve Zumbi!) que acordei com dor nas costas. Estava mesmo precisando. O engraçado é que só o corpo descansou. A mente anda a mil.

Maurício de Sousa lançou, na revista da Tina, seu primeiro personagem gay, o Caio.
Comprei!
Sou fã, você sabe. E, é tão primitiva essa relação que as pessoas têm com a sexualidade alheia que me dá preguiça. Além do mais, jogar pedra no telhado dos outros é sempre deselegante (e perigoso).

Peguei dois filmes pra ver esses dias: Coraline e Crepúsculo. Você leu direito: Crepúsculo. Todo mundo está falando tanto que resolvi arriscar. A verdade é que é bonitinho. E só.
Romantiquinho e para adolescente.
Vai parecer que eu sou uma velha de 200 anos, mas não há cena vampiresca mais linda e sexy no mundo que o Vlad (o drácula de Bram Stoker) virando fumacinha e entrando nos lençois de Mina, a reencarnação da mulher que sempre amou. Pirei a primeira vez que eu vi. Acho lindo toda vez que vejo.
Você sabe, sou romântica. Vênus em touro.
Sem esquecer, é claro, de Anne Rice. Faz muitos, muitos anos que li. Mas lembro, nitidamente, de ter adorado.

Aleluia. Chove. Não gosto, mas se é para melhorar o calor, está valendo. Desde que não haja exageros, claro.


Estou lendo o terceiro livro da quadrilogia (esse nome existe?) do Douglas Adams. Está chato na maior parte do tempo. Ao contrário dos outros dois, que me fizeram rir muito. É claro que tem coisas ótimas também, como o POP" (problema das outras pessoas) e a relação que o autor faz com o espaço-tempo x os restaurantes.


Hoje foi dia de apertar o aparelho. Até a minha alma está doendo. Já me conformei.

Um amigo me perguntou, esses dias, o que fazer para conquistar uma mulher (aparentemente) difícil. Na hora, talvez por causa do chope ou por estar com sono, eu não tenha respondido direito. Mas, depois pensei um pouco sobre o assunto. Nenhuma mulher gosta de ser a quarta da fila. Isso é fato. Não tem mulher que não goste de se sentir especial, desejada e única.
É aquela velha máxima: todo homem quer ser o primeiro da vida de uma mulher. E toda mulher quer ser a última da vida de um homem.
Além do mais, romantismo pode estar fora de moda na teoria. Na prática, continuamos adorando.
Você concorda? Ou... não?

E é isso.



segunda-feira, 16 de novembro de 2009


(Laerte - daqui)


Diazinho difícil, viu?
Bem difícil.
Sabe o mais engraçado? Assim que cheguei em casa e fui abrir o portão, vi um bêbado deitado, acho que dormindo de álcool, bem na minha porta.
Eu fiquei parada, meio distante, olhando e sem saber o que fazer. Ponderando entre a coragem e o bom senso.
A sorte é que o universo sempre me sorri em uma situação completamente sem sentido como essa. Foi só parar de focar no problema que avistei um motoboy bonzinho entregando pizza no prédio em frente. Atravessei a rua e em 30 segundos (mesmo), ele já estava comigo, em frente ao portão, me escoltando.
Ainda existem cavalheiros neste mundo.
E a vida realmente, às vezes é uma grande piada. Nem sempre refinada. Nem sempre de bom gosto.
Mas enfim, deve haver alguma coisa positiva nisso tudo. Meu lado Pollyana não desiste nunca.

domingo, 15 de novembro de 2009



(Cena do filme "Valentin")

Embora, muito embora, eu tenha ouvido, agora há pouco, que não estou no círculo dos eleitos e, por isso, não sou muito (muito) próxima, concluí que esses anos todos me tornaram medianamente distante e relativamente íntima.
Se você não entendeu, não se culpe. A intenção deste post é alfinetar "o menino mais meigo do mundo", que mesmo com toda essa lonjura, conseguiu me sair com uma dessas.
Mas tudo bem, em um ato de benevolência com o próximo, vou deixar passar. Afinal, está fazendo muito calor e nossos cérebros já estão meio derretidos. Sem contar que a falta de tempo deixa a gente sem noção do que está acontecendo no mundo. Por isso, para ajudar na sua re-conexão com a realidade, resolvi revelar o segredo da vida, do universo e de tudo mais: 


42

E eu sei que você entendeu. E talvez uns dois ou três que vem aqui. O que me faz ficar felizinha, sabe? Porque eu adoro essa coisa toda de conversa em código. Que cá para nós, no meu caso, tem origem na infância e me faz lembrar do tempo bom em que minha única preocupação era passar de ano.
Ai ai...

Falar nisso, se você também já sonhou em ser astronauta, se já sentiu sozinho neste mundo e se teve uma infância reflexiva demais para uma criança, assista à Valentin e descubra que a vida pode ser um talharim.

Mas lembre-se de me convidar, tá? Eu também ainda não vi.


E sim, estou falando sério.

UPDATE: Estou trabalhando neste exato momento aqui na sala, no meio de duzentos quilos de papel e ao mesmo tempo, vendo O Diário de Bridget Jones. Já assisti duzentas mil vezes e toda vez penso a mesma coisa: Marc Darcy é perfeito. E eu fico toda boba, toda boba, sempre que ele diz pra Bridget que gosta dela do jeito que ela é.
É isso, entende? É apenas isso que importa.

sábado, 14 de novembro de 2009


(Karin Momberg - Green Hat)

Eu sei que você tem vindo aqui, vez ou outra, em busca de notícias minhas. E sei que sempre volta "de mãos vazias". Perdão, viu? Não é por querer. A minha desculpa é a mesma de sempre e já nem tem mais graça: falta de tempo.
Prometo compensar. Com açúcar e com afeto. ;)

Falar nisso, Fernanda Takai que me desculpe. Mesmo. Mas existem algumas músicas que, além de sagradas, não combinam com ninguém além do Chico Buarque. A intenção foi linda. O resultado... O mais engraçado é que tinha ouvido essa música, na versão original, ontem. Talvez venha daí o meu desagrado. Talvez...

Ah! E teve o apagão. Eu estava em sala. A luz acabou, os alunos comemoraram e fomos embora. Ficamos todos meio apreensivos, não vou mentir.
Rebouças parada, Paulista parada, tudo escuro e eu com luz alta. Eu e São Paulo. Não é estranho? Luz alta em plena falta de luz...
O mais estranho foi o tamanho do engarrafamento na Paulista. De onde surgiu todo aquele povo?
Sabe o pior? Cheguei em casa e estava faltando água. Tomei um banho de mentira. E saí, no dia seguinte, com a sensação de que sem banho, o dia não iria render.
Voltei na hora do almoço, comprei vários galões de água mineral - daqueles de 20 litros - e encarei um banho de canequinha.
De canequinha, é verdade, mas a água era m-i-n-e-r-a-l. 

Aposto que você nunca tomou banho de água mineral...
O meu próximo passo vai ser um banho com leite de cabra.
Ó que luxo!
:P

Hoje me dei o dia. Conselheira estelar pela manhã e compras à tarde. Coisinhas de menina, sabe? Roupinhas, creminhos, sapatinhos, bolsinhas...
:P
Pensei até em comprar um vestidinho rosa. Mas você me conhece, não combina... Só por isso não comprei. A minha vontade era de mandar um monte de trogloditas para o inferno (com umas palavras bem difíceis) e exibir minhas pernas roliças e totalmente fora de forma em um vestido rosa bemmmm curto. Mundo mais mais primata, esse. 

Eu me prometi que não iria falar disso aqui. Mas, não consigo.
Também não vou fazer discurso social e pernóstico, porque não cabe. Mas uma coisa é certa, eu vou sempre acreditar que o feminismo não exclui o feminino. Temos o direito, sim, de sermos quem somos. De toga, de vestido curto, de calça comprida ou sem nada. E pronto.


Eu disse que estou com mania de verde? Pois é. Há dois anos eu o-d-i-a-v-a a cor verde. Agora virou mania. Engraçado como a gente muda. Até meu paladar está mudando. Odiava água com gás, agora, adoro. E sabe o pior? Eu odiava brócolis. Agora não posso ver, que fico toda saidinha. Brócolis, meu povo. Brócolis. Fim do mundo vai ser o dia que eu deixar de gostar de doce. Aí, pode chamar todos os cavaleiros do apocalipse.

Dei risada hoje, sozinha. Gargalhada mesmo, sabe? Um vexame. Gravei um CD há tempos e dei de presente. Na verdade, faço isso sempre. Já dei CD pra um monte de gente (mesmo). Inclusive, recentemente.
Mas, enfim, a questão não é essa. A questão é que, hoje, finalmente, fui ouvir uma cópia do tal CD e... tcham, que bandeira! O título deveria ser: música para seduzir. Mico. Gorila... Pelamor, viu? Só não senti mais vergonha, porque sei que o destinatário nem sonha com isso. Meu inconsciente manda em mim. Socorro!

Essa eu li recentemente e me fez ficar pensativa um tempão. É atribuída ao Da Vince. "A simplicidade é a extrema sofisticação".
Perfeita, né?

E, com licença. Perdoe a pouca compostura, mas vou ali tomar um banho gelado. São Paulo está um forno e você sabe, pareço um Husky Siberiano no calor.

Té mais.



(Gilmar - daqui)


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Vi o velho novo filme Star Trek. Sei que meus nerds preferidos vão torcer o nariz. Mas... achei fraco. Bem fraco, sabe? Ação demais, história de menos e pouco, muito pouco do que me faz ficar horas e horas deitada na cama, assistindo um dvd atrás do outro da série.
Prontofalei.

Comprei um modem da Claro. Primeiro dia de uso e tudo bem. Vamos ver no final do mês quando a conta chegar. A facilidade de uso e a conveniência provalmente compensarão. Tomara.

Moca no Starbucks. Me arrependi. Quente demais para um dia escaldante. Deveria ter pedido uma banheira de gelo. Esse calor realmente não faz bem para a minha alma.

Vi mais um episódio de Ugly Betty hoje. Eu sei, eu sei...

A Piauí de novembro chegou. Não li nem a de outubro ainda.

Adorei essa: "a beleza fica a um click do interruptor". 

Hoje não tem foto, nem tirinha, nem nada. Hoje só tem meu sono.

Boa noite.


domingo, 8 de novembro de 2009




(tira do Luis Fernando Veríssimo)

Este fim de semana dei um tempo para mim. Trabalhei apenas agora à noite.
Pois é, a vida não é apenas o labor. Saí ontem, saí hoje. E, por causa disso, certamente amanhã eu tenha de me virar em duzentas para cumprir as tarefas acumuladas. Mas e daí? Eu mereci esse intervalo.
Tomei vinho com pessoas queridas, ganhei cafuné, falei bobagem, liguei para um amigo briguento e querido que mora longe, comprei coisinhas, pensei em coisonas e até coloquei vontades e quereres em cima da mesa para a conselheira estelar analisar.
Sabe o que mais? Cada um tem a Deana Troi que merece. Eu estou feliz com a minha.
Agora só falta o meu Data. Mas isso é outro assunto...
Falar nisso, finalmente vou ver Star Trek, o filme. Peguei hoje na locadora.
Depois eu conto.

Ah! Ontem recebi uma mensagem muito querida no meio da noite. Só o menino mais meigo do mundo é capaz disso. Dessa vez, ele me avisou do Carl Sagan Day. Ontem, Carl Sagan completaria 75 anos se estivesse vivo. Lembrei da primeira vez que li Sagan. Paixão assim, de imediato.

Eu nunca pensei que fosse dizer isso, mas estou feliz com essa chuva. O calor melhorou.
Ajoelhai e agradecei.
:P

E é isso.

terça-feira, 3 de novembro de 2009




Calor assim... ardido.
O inverno chega quando, hein?
:P

.

(Attila Wensersky - Vênus)


E cá estou eu, de novo, em um desses contrangedores posts em tons de confissão.
Agora então, vai piorar... a conselheira estelar, hoje, me pediu para escrever em um papel, o que sinto, o que quero e todas aquelas coisas que a gente pensa sobre o futuro.
Vou escrever, justamente por não estar com o mínimo de vontade para isso. Mas não aqui no Transitivo, óbvio. 
Vou escrever com papel e lápis. Talvez eu faça uma fogueirinha depois. Ou talvez o papel fique tão assustado que se rasgue sozinho.
Vai saber...
Por enquanto, fiquemos assim. Promessas (quase) cumpridas e sonhos a realizar.
Tomara que o Universo colabore. E dê Biotônico Fontoura à minha força de vontade.


domingo, 1 de novembro de 2009


(Dali, O Sonho)


Sei lá o que aconteceu com a formatação do Blogspot.
A fonte, ou está miudinha, ou está gigantona.
Paciência, viu? Ai, ai...
E, sim, já tentei mudar de navegador. Usei o IE, o Google Chrome e o Firefox. Necas. Fica tudo igual.
Tudo bem, a vida é feita de mudanças e blá blá blá, etc, etc.

Esta semana foi bem difícil. Bem mesmo. Mas, e aí? Ainda estou aqui. Ainda tenho metas. E vamos combinar que tempestades acontecem mesmo. Sobretudo em mar aberto.
Mar aberto... nem sei porque falei disso. As tempestades têm sido todas na minha prainha particular. Aqui dentro. É sempre assim quando estou muito cansada e quando tenho de tomar decisões importantes. E, sim, está chegando a hora de novo. O que é bom, sabe? Porque o movimento faz a energia girar. E, se eu falo para todo mundo que somos feitos de pó cósmico, por que eu não iria falar para mim mesma?
- Porque você é medrosa.
Boa resposta, se você pensou isso.
Eu sou medrosa, sim. Um tantão. Mas, esta semana me peguei tentando caminhos diferentes. Pequenos caminhos diferentes. E falo, literalmente. Entrei em ruas, subi ladeiras, virei esquinas e nenhuma contramão. Nenhuma. Porque vi a sinalização antes.
E eu quero dar o primeiro passo para que a minha mudança seja completa. Quero sim. Plutão está no meio do meu céu e já me disseram isso tantas vezes que cansei. Quero fazer alguma coisa com isso. Eu quero estar no meio do meu céu. Eu.

Falar nisso, há quatro noites lembro dos meus sonhos. Nitidamente. E eu tomei uma decisão de deixar pelo caminho o que não tem me dado prazer.
Sim, é um recado.
E você sabe, eu gosto de metáforas. Mas desta vez, o sentido é literal.

Post confuso, hum?

Essa sou eu. Lua em Gêmeos. No último grau e fora de curso.

Vou ali andar um pouco. Parar na feira, tomar água de coco, olhar para as pessoas e ficar embaixo do céu azul, com nuvens que não são só as minhas. Nuvens que fazem sombra em uma humanidade sem humanidade.
Mas, eu tenho esperanças.
Em mim, em você e na dança cósmica de um universo brincalhão e bailarino.


































(Henfil. Genial como sempre)