segunda-feira, 30 de agosto de 2010

 
O tempo está tão seco... difícil respirar. 
Já bebi tanta água hoje que, mais um pouquinho, viro um rio.
Sério!
Fora isso, tenho pensado muito sobre a maneira com que reajo às coisas. Sou tão medrosa.  Tão...
Eu sei que, para quem me conhece, ouvir (ou ler) isso, parece estranho. Normalmente, as pessoas me enxergam de uma outra maneira. Acho que é treino. Ou sei lá, engano.
De todo jeito, pelo menos, a percepção disso já não está passando tão longe de mim. Por isso, tomei algumas decisões. Entre elas, deixar que os momentos aconteçam mais naturalmente, ao invés de tentar impedi-los por medo.
O engraçado é que, na maioria das vezes, percebo a bobagem feita, segundos depois, e acho que não vale a pena consertar. E, às vezes, não tem mesmo conserto.
Ontem foi um exemplo. 
Deixei escapar uma oportunidade que, talvez, fosse, no mínimo, divertida. Mas o medo me fez reagir, ao invés de aceitar. Boba, né?
- É!

Então, por merecimento e pra dar coragem àqueles que, eventualmente, passam por aqui, o meu poema preferido. 
E que sempre leio quando preciso de uma nova direção.

Congresso Internacional do Medo

Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que estereliza os abraços.
Não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro
e medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas.
Cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 29 de agosto de 2010

 (Siegfried Zademack)

Depois de uma semana pra lá de corrida, cá estou eu, de novo, pra dizer que fui ao cinema e vi "A Origem". E que, como o esperado, não me surpreendeu.
Parece que eu vou sempre contra a corrente. Então, se eu não gostei, possivelmente, você irá gostar.
O conceito é antigo. Os argumentos, batidos e a história toda, pra variar, gira em torno de um amor mal resolvido. 
Não, eu não assistiria de novo, mesmo porque, aguentar o Leornardo DiCaprio por mais duas horas e vinte é tortura demais. O que me faz pensar se a idade está me deixando mais exigente, ou se é chatice mesmo...

Ah! Ganhei três DVD´s com toda a série clássica de Star Trek. E, possivelmente, vou ganhar os filmes. The Next Generation eu já vi toda, então, daqui a pouco, posso concordar com o status de Trekkie, sem me achar uma fraude.
:P

Perdi minha hablitação esta semana. Sumiu dentro de casa (acho). Isso me rendeu 4 horas de fila(s) no Poupa-Tempo. O detalhe é que justo no final daquele dia, o sistema caiu e os documentos não foram expedidos no dia seguinte, como de praxe. Ou seja, até agora, minha habilitação não ficou pronta. 
A pergunta é: o Poupa-Tempo poupa tempo de quem?

Tenho de trabalhar hoje, no domingo. 
Estou cheia de coisas pra fazer. Cheia mesmo. Pilhas. Mas é preguiça é tanta que, esses dias, eu estava me perguntando se não está na hora de arrumar um trabalho mais light e que me remunere melhor.
Resposta óbvia, né?

sábado, 21 de agosto de 2010

 (Vito Campanella)

Fui con-vo-ca-da para uma reunião hoje . Eu e um bando de gente. Já sei o assunto, mas eu vou, porque na da semana passada (!!!!!!), eu não fui.
Tenho aula todo sábado pela manhã e isso é importante para mim. Mas, hoje vou trocar uma coisa pela outra.
É o jeito.
Depois, tenho Conselheira Estelar. Pois é, no sábado... Porque sábado é o "meu dia" de folga. O dia que faço as minhas coisas.
Mas estou pensando em remarcar. Cansada, sabe? 
Sei lá, me deu vontade de correr até a Galeria do Rock e comprar uns CDs que eu sempre quis. Ou ir ao cinema, ou voltar pra casa e ler, ou, simplesmente, não fazer nada.
Estou decidindo. Mas uma coisa é certa: o que quer que eu faça, tem de ser pra mim.
E por mim.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010



Pela manhã, recebi uma mensagem pelo celular, mas não acreditei.
Quando cheguei em casa, voei até o computador pra ver se era verdade.
Era!
Ganhei os links para baixar t.o.d.a.s as temporadas de Star Trek. E quando eu digo todas, eu digo todas.
Dia feliz!
Agora à noite, ganhei um filme da Mafalda.
Pô gente! Mafalda!
Noite feliz. Praticamente Natal.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tem tanto erro no post anterior, que, de verdade, estou com preguiça de consertar.
Sei que meus poucos e queridos leitores perdoarão. Certo? :P
Vou culpar o cansaço e o sono. :)

Como bônus, uma das músicas mais lindas do mundo.
Bom, pelo menos, eu amo. E David Bowie é David Bowie.
Antes que eu me esqueça: o vídeo fui "surrupiado", sem um pingo de constrangimento, de um conhecido com bom gosto. Ele não me lê, mas tks. :)

É isso.
Enjoy!



domingo, 15 de agosto de 2010

 (Yerka)

Está tão frio, tão frio, que os meus dedinhos dos pés não se mexem. Congelaram, tadinhos. E eu estou com uma meia daquelas peludinhas, sabe? E pantufas!
Eu gosto de frio, todo mundo que me conhece sabe. Mas... isto é uma geladeira dentro de um freezer. Nossa, nossa!
Mas tudo bem, melhor assim que passar calor. O difícil é sair da cama e tomar banho. Mas, em compensação, dá para fazer coisas bacanas, como um fondue especial e tomar vinho com os amigos.
Falar nisso, ontem teve festa. E foi no Café Piu Piu. Eu disse que voltaria lá, não disse?
Estava muito cheio e tinha muita gente novinha. Isso foi chato, mas de resto, muito bom. Tocaram até Rush. :P

Ah! A Bienal de Livros começou. E este ano eu não vou. Sinceramente? Já passei por quatro e todas foram iguais. Desta vez e com esse frio, vou ficar por aqui.

Na sexta, decidi pegar a Marginal Tietê para ir trabalhar. Adivinhe. Teve um incêndio em uma favela que fica perto do Corinthians e o trânsito simplesmente parou. A Marginal virou um estacionamento e eu quase morri de vontade de fazer xixi. Foi trágico. Minha agonia era tanto que eu nem conseguia respirar. Quando eu estacionei, deixei tudo aberto, saí correndo e só depois voltei para pegar as minhas coisas. Juro!  Isso já aconteceu umas três vezes. Agora, além de Lidiane, estão me chamando de "Maria Mijona". Não é lindo? :P

Um sujeito esta semana me perguntou, indignado, por que não tenho Orkut, Twitter, Facebook, etc, etc.
Naturalmente ele não sabe (e nunca vai saber) que tenho o Transitivo. E que já tive outros vários blogs.
Pra mim é uma resposta bem simples. Já tive Orkut e Twitter antes de virar essa febre. Mas eu não gosto de me colocar em uma posição em que eu possa ser vista por quem quiser. Mesmo que eu não queira. Além do mais, eu prefiro ficar sabendo das coisas, pelo que as pessoas que eu gosto me contam, e não de um jeito, que nem sempre, é o melhor (para mim).
Questão de escolha. Fiz a minha e é isso aí.
Agora, isso não invalida trabalhar com essas ferramentas. Aliás, estou preparando, para um das minhas turmas,  uma atividade bacana sobre redes sociais. Vai ser divertido. Espero...

Sono chegando.
Boa noite e bons sonhos. 



domingo, 8 de agosto de 2010



O frio diminuiu e o céu está estrelado. 
O cheiro da noite de hoje me fez lembrar quando, há uns três anos, olhei para o infinito do céu depois do céu e citei Yeats.
Muito de mim se perdeu naquele tempo. E, seguramente, estou diferente. Não sei precisar exatamente como, mas, sim... diferente. Acho que deixei partir alguma coisa e, na tentativa de colar, percebi que nem tudo deve ser reconstituído. 
Nem sei porque estou falando nisso hoje, depois de tanto tempo. Talvez por estar sentindo um aperto esquisito no coração. O que quer que seja, vai passar.
Porque sempre passa.

"Tivesse eu os tecidos adornados do céu,
ornamentados com luzes d'ouro e prata...

...os tecidos azuis, indistintos e escuros
da noite, a luz e os meio-tons,
espalhá-los-ia a teus pés.

Mas eu, sendo pobre, tenho apenas
meus sonhos; espalhei-os, então, a
teus pés. Pisa com delicadeza,
pois caminhas sobre meus sonhos". 

W.B. Yeats

 (Bichinhos de Jardim - clique na tirinha para ler)

Depois de dias, cá estou eu. Vivinha da Silva e mortinha de sono. :P
As férias acabaram e a semana foi bem agitada, como já era de se esperar.
Mas, contrariando as minhas expectativas, estou até bem humorada. Apesar de uma sexta-feira completamente insana. Nossa, nossa, saí exaurida do trabalho.
O bacana é que revi algumas pessoas que gosto e conheci outras.
Entre elas um astrofísico.
É, você leu certo: astrofísico.
Eu nem sei porque a história foi parar nisso, mas lembro de ter falado na "rodinha" como adorava olhar o céu e por tabela, ir ao planetário do Ibirapuera O sujeito riu e perguntou o porquê. Respondi, né? Sou educadinha.
Foi então que ele "se apresentou". Todo mundo adorou. E, ele nos prometeu montar um curso de astrônomo amador na universidade.
Sério mesmo, estou torcendo pra que dê certo. É uma das coisas que gostaria de realizar na vida.  

 (Alex Andreyev - Private Party)

Às quintas, divido uma turma com a minha "chefe", uns 20 anos mais velha. A aula de abertura foi dela e, vou ser bem sincera: dificilmente me impressiono. Sou exigente e crítica, como você já bem sabe. Mas, tiro o meu chapéu. Como foi bom pra mim! 
Estou com muitas dúvidas em relação a minha carreira, sabe? Não sei bem a que linha de estudo seguir, ao que me entregar. Tenho de escolher um tema para um trabalho e, não sou boa nisso. Eu só gosto de escrever e estudar movida pela paixão. Foi assim na especialização, foi assim no mestrado. Paixão pelo tema, paixão pela possibilidade de me transformar e ajudar a transformar o mundo... Agora, novamente, estou nesse impasse. Olho para os lados e não sinto nada. Meu corpo não treme, minha mente não fervilha. 
Não sinto nada, além de preocupação de não sentir nada.
Eu sempre acreditei em paixão, inspiração e vontade, mas ultimamente, me sinto personagem de "O Processo", de Kafka. A burocracia me emperra e me entedia. 
Acho que estou na fase de decantar as ideias e beber outras tantas. Mas o ideal é diferente do real. A vida não espera e o mundo não funciona assim.
Não posso, simplesmente, parar e descer, até minha mente clarear. E, então, voltar para que a vida siga seu curso.
Acho que a conselheira estelar tem razão: perco tempo demais divagando, por isso, vou ali dormir um pouco. Quem sabe, não resolvo algumas coisas enquanto durmo...
Sonhos são mágicos!

 



domingo, 1 de agosto de 2010

(Caco Galhardo - clique na tirinha para ampliar)

Eu adoro essa série "Lili, a ex", do Caco Galhardo. Você já conhece?  Tirinhas sempre me divertem (e acalmam).
Falar nisso, terminei de ler os três livros do Quino que trouxe da Argentina. O homem é genial.
Mas não vou mentir, fiquei feliz mesmo em conseguir comprar uma edição comemorativa de 30 anos de um Castaneda. Em espanhol. Já estou lendo e adorando. É bem verdade que tenho o mesmo livro em português, mas ler "A erva do diabo" em espanhol está sendo uma experiência e tanto.
Livros do Castaneda são sempre especiais pra mim. Não importa o que digam dele. Eu tenho todos os títulos que já consegui achar e comprar. Todos mesmo.
Aliás, quando vi que esse tem o prefácio de Octavio Paz, secretamente dei um sorriso. Se o Octavio Paz, que é Octavio Paz gosta, estou no caminho certo. E, acho, sem manter segredos, que ele está coberto de razão. Autores diferentes devem ser lidos de formas diferentes. Os detalhes, o contexto, as entrelinhas, a história, a finalidade do leitor, tudo, tudo deve ser ponderado. Há quem prefira o literal. Eu não. Castaneda levado ao pé da letra pode ser um completo desastre. Talvez, por isso, tanta gente tenha embarcado em uma onda errada. Mas enfim, cada um com seu infinito.
Ah! Também estou em uma semana cinematográfica. Além da deliciosa trilogia de "O Poderoso Chefão", assisti "O Céu que nos Protege", do Bertolucci. John Malkovich é sempre desconsertante para mim. Acho que são os olhos, o jeito de mexer com a cabeça... não sei. O que sei, de fato, é que, além da beleza do filme, há coisas ali que me tocam profundamente. Sobretudo, em um momento de definições e escolhas, como agora. 
Se já assistiu, acho que sabe do que falo. 
Se ainda não assistiu, por favor, faça isso sozinho. Sem pipocas.
E como a leveza é importante na vida, também vi (no cinema) "O Pequeno Nicolau". Eu gosto de filmes franceses, isso é fato, mas esse foi uma adorável surpresa. Tão lindinho que dá vontade de ter filhos só pra poder assistir com eles.
Tá, agora exagerei! Acho que é porque hoje, dia 1º, seria o aniversário do meu pai. 
Uma vez, em um contexto mais ou menos parecido, um amigo disse que sou sentimental, tal qual o Tom Hanks, em "O Terminal".
Acho que sou mesmo.
Muito. 
Sentimental, séria e, às vezes, confusa.
Mas, garanto, existem poucas como eu no mundo.