quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

(Ilustração do Benett, daqui)

Para uma mulher, achar o shampoo perfeito é quase tão importante quanto o primeiro beijo. E, não, não é exagero. Por isso, hoje, quando acordou, foi para o banho com a secreta esperança de que dessa vez, daria certo.
Até cair no chuveiro. Em um daqueles tombos cinematográficos e perigosos. Caídos em câmera lenta.
Secretamente e no chão, amaldiçoou o condicionador. O rótulo prometia cabelos macios e cachos definidos. Do cabelo, ainda não sabia, mas tinha certeza de que o chão do box estava escorregadio pelo excesso do condicionador cuidadosamente enxaguado pela água fria (que não resseca e dá brilho).
- Nunca mais compro dessa marca. Juro!
Já no hospital, na salinha de raio X, cheia de dor e despenteada, perguntou ao moço se tudo bem, já que as primeira "chapas" não foram suficientes.
- Tudo, é só pra garantir. Mas, você vai precisar tirar a roupa de novo e deitar na maca.
- Assim, sem flores e sem vinho? Pensou, com vergonha de sua calcinha folgada e de algodão.
Saiu do hospital sem poder sentar e xingando baixinho o médico. O motorista do táxi, coitado, ficou assustado com os urros abafados em cada curva fechada.
- Moça, desculpa. Quer que eu vá mais devagar?
Um "quero" anasalado foi tudo que conseguiu dizer.
Chegou em casa, jogou a chave na mesa e fez um chá. Alérgica, sem poder tomar remédio pra dor, chorou em pé.
Até a hora em que, cansada de chorar, foi lavar o rosto inchado e vermelho. Só então percebeu que seu cabelo estava com um brilho incomum e com os cachos domados.
Sorriu satisfeita e ainda com dor foi ligar para a mãe, que estranhando o horário, perguntou, preocupada se havia acontecido alguma coisa.
- Caí tomando banho, mãe. E adivinha? Sabe aquele shampoo com queratina? Deu certo!


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

(Vladimir Kush - Visitor)

Sabe essas retrospectivas de fim de ano?
Urg!
Pior. Com o fim de 2010, resolveram, claro, fazer retrospectivas da década. De todas as maneiras, em todos os segmentos.
É demais pra mim.
Demais.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

 
Férias, enfim!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Estou apaixonada pela Mei de "Meu Vizinho Totoro".
Definitivamente, quero um Totoro pra mim. E, claro, andar de Catbus. :)

(Imagens do filme "Meu Vizinho Totoro")

terça-feira, 14 de dezembro de 2010


(Laerte - daqui)

Boba que só.
Toda vez que eu vejo essa tirinha, dou risada.
Muita risada.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

(Pesare)


Quuuuase em ritmo de férias. Ainda falta, mas hoje choveu tanto, tanto e tanto, que não arrisquei ir para a Zona Oeste trabalhar (você leu direito, eu não fui trabalhar). Pinheiros está completamente alagada. E, eu... bom, eu estou aqui em casa, arrumando uns cds, separando uns filmes e me preparando para o resto da semana.
Aproveitei o dia mais calmo, hoje cedo, para comprar uns CDs fabulosos. Estou ouvindo o primeiro dos Secos e Molhados. Não é por acaso que os caras botaram de cabeça pra baixo o cenário fonográfico daquela época. Aliás, estou comprando muita coisa boa dos anos 70. 
Hoje, a única lástima foi descobrir que o meu DVD de Star Trek (a Série Original) está com defeito. Ele, simplesmente, pifou do episódio 23 em diante. Justamente o episódio que o Khan aparece. Droga.
O mais chato é que o cara que me deu o DVD... acho que não vai querer me dar outro. :P
Minha garganta está doendo. Será que a causa é o ventilador no meu nariz 24 horas por dia? Muito, muito calor. Você nem imagina...



(Vladimir Kush)

Sábado fui para a terapia de coração aberto. Anotei, durante a semana, o que consegui, em um caderninho, para não me distrair e me enrolar. Fui disposta a ouvir, mais do que falar. Fui porque queria ir e não porque era o dia de ir. 
O intento, mais do que a intenção.
Na volta, duas horas depois, liguei o rádio e ouvi um trechinho de uma música do Oswaldo Montenegro. Era tudo o que eu queria escutar. Uma voz doce, cantando pra mim. 
Acabou a música e ele começou a falar.
Era uma entrevista.
Fiquei feliz pelo caminho mais comprido que eu havia decidido fazer.
Eu, que nunca choro, comecei a chorar, copiosamente, enquanto ouvia Lua e Flor. Não pela música, pela letra, pela melodia ou pela entrevista. Era por tudo junto e por nada daquilo. 
Há tempos não leio o que gosto, não canto o que sei de cor. Há tanto tempo não escrevo textos que eu leio depois e gosto. Só porque eu estava apaixonada. E só por isso.
E eu que nunca mais me apaixonei... 
Eu sinto falta desse estado de encantamento. Me apaixonava por um livro e lia tudo o que podia do autor. Porque eu me apaixonava por ele também. 
Me apaixonava por alguém, por um cheiro, por um verso ou pela paixão. Simples assim. Era um estado latente em mim. Hoje eu só me protejo. E trabalho. 
Ascendente em capricórnio.
Não dá mais pra voltar ao que era antes. O sentido não está no retroceder. Para mim, neste momento, está no entender. E viver. 
E, por hora, a minha percepção indica que os meus sentidos não apontam para o que eu julgo estar certo. Porque o meu julgo só me atrapalha. Ele mastiga a minha liberdade. E a minha potência.
Não foi o choro que me mostrou isso. Foi, de novo, a paixão. Por aquela voz, por aquele homem cantando, por eu estar ali, de vidros abertos, ventilando.
Acho que entendi que, no abafamento em que me tranquei, do que sinto falta não é o vento ou a ventania.
É a falta do existir pra ventar.






domingo, 12 de dezembro de 2010

Acho que nunca dei tanta risada assistindo a "The Big Bang Theory".
Acabei de ver o episódio 10, da quarta temporada e a melhor pergunta da noite foi:
- "What is the best number?"
Juro que pensei que a resposta seria 42, mas ouvi um 73.
E o melhor de tudo: Sheldon (o mais engraçado e sem noção personagem da série) considera "tesão", "um fardo que todos nós temos de carregar". Coisa facílima de resolver, aliás, usando a "disciplina mental vulcaniana Kolinar".
Serião, se eu fosse uma mulher que tivesse um Sheldon na vida, mudaria de planeta. Certeza.
 (Jerico Santander)

Domingo e um solão.
Sabe o que eu vou fazer hoje? N.a.d.a!
Talvezzzzz, mais tarde, eu desça pra comprar jornal e volte.
Pode ser que, à tardinha, eu resolva finalizar umas coisas pendentes da faculdade. Quem sabe...

sábado, 11 de dezembro de 2010

Que eu amo a Turma da Mônica (e assino as revistinhas), não é segredo para ninguém. Idem para Star Trek.
O legal? Chegar em casa depois de um dia cheio, tomar banho, deitar na cama e, de repente, ler isso:

(Cebolinha nº 48, Editora Panini)


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Estou super atrasada para o dentista (sim, de novo). Mas não resisto.
Essa aqui eu vou usar na minha primeira aula de MKT ano que vem.
No meio de tanta chateação, é bom rir, certo? 
Isso me fez lembrar um livro antigo do Ruy Castro: "O melhor do mau humor".
Preciso achar e reler. É ótimo.




 (Bichinhos de Jardim)

Eu ia postar uma tirinha foda do Laerte. Mas *todo* mundo já viu. 
Então, vi essa aqui, nada hermética e fofinha dos Bichinhos de Jardim. Super tudo a ver com este fim de ano.
Falando nisso, estou com muita vontade de reler Jung e Borges, mas por enquanto, vou ter de ficar com quadrinhos e as manchetes dos jornais. É o que está dando. Falei pra você que eu tenho seis Piauí fechadas, né? E, acho que vou comprar um Castells esses dias. Pra ficar na estante, claro. 
Anteontem, conversando bobagens com um amigo de loooonga, tivemos a "brilhante" ideia de imaginar um filho nosso. Cardíaco e alérgico, segundo ele. 
- Tomara que seja inteligente como o pai e tenha o sorriso e o compromisso da mãe.
- Peraê, mas por que inteligente como o pai? Ele não pode ser inteligente como a mãe?
E o silêncio dominou a conversa.
- Bom, para o bem dessa criança, eu só posso contribuir com a inteligência...
- Então, nosso filho já vai ter de nascer com aparelho nos dentes... 
- Melhor adotar, né?
- É!
:P





(Tirei a foto)

Sem aparelho e cheia de sarda.
O melhor de tudo: viva, mesmo depois do susto.
Ainda estou meio paranóica pra beber e comer. O que é compreensível, já que a indicação é ter bastante cuidado, pelo menos, por enquanto.
É chato, mas tenho pensado no porquê de tudo isso. 
Uma das coisas boas é, enfim, compreender que existem as pessoas que se importam e as outras pessoas.
Mas a vida é feita de descobertas e novidades, né? Então, continuemos. ;)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010



Ganhei outra caixa de chocolate hoje. Só pode ser brincadeira.
E... tcham! Daqui a 12 dias estou de férias.
E, só para constar: eu parei de atrair gente louca. Acho que, agora, eu *sou* a "gente louca".
Mudança de nível. Chique, né?

P.S. Estou pensando em me mudar. Por enquanto, de casa. O depois eu ainda não sei.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Neste fim de ano, ganhei váááááárias caixas de chocolate. Daquelas bem bonitas e suculentas.
Alguém aí sabe o quanto eu amo chocolate?
Pois é, justo agora que não posso nem provar.
Mas vamos lá... está tudo bem! É uma chance de testar a minha força de vontade.
E que venham as férias. Mas que venham rapidinho. :)

sábado, 4 de dezembro de 2010

(Frodok)

Não foi dessa vez que se livraram de mim. Mas foi quase.
Ontem, saí do trabalho às 23h e, hoje cedo fui trabalhar em um evento na uni. Normal. Estou acostumada a essa rotina estafante.
Só que, no coffee break do evento, comi alguma coisa que, tcham... me causou uma reação alérgica imediata e eu tive um edema de glote. Um princípio de choque anafilático.
Lindo, né?
Quase estraguei o evento, fui parar na emergência e tomei dois anti-histâminicos no bumbum.
O susto foi enooooorme, principalmente porque eu não conseguia respirar. :P
Mas, já estou em casa, com o rosto ainda meio inchado e com medo de beber até água.
Tem a parte boa, claro. Quem sabe eu não emagreça um tiquinho...
Embora eu saiba que meu rosto é bonito e que eu tenho de me amar do jeito que eu sou e blá blá blá, meu corpo está dando sinais (evidentes) de fadiga. E o peso, claro, atrapalha.
Sei lá, viu. Depois dessa, só me resta repensar se está valendo a pena trabalhar tanto.
Tomara que as férias cheguem logo. E que ela sejam tranquilas.
Rezemos, irmãos!
:P

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Né por nada não, mas precisa tanto calor e depois, um monte de chuva?
Cadê a moderação do mundo? 
Cadê?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010


 (Remedios Varo, Cazadora)

E a tecnologia faz mais uma vítima.
Esta semana, recebi um torpedo que não era pra mim. Mas tudo bem, porque no final das contas, isso até ajudou na comunicação com o remetente distraído.
Mas ontem, o erro foi meu. E, nossa, que situação embaraçosa! 

Tive de explicar o que houve e acho que me saí bem. O melhor é que fiz isso falando a verdade. E a verdade é que estava apertando o "enviar" para uma mensagem, quando, na mesma hora, chegou outra. Minha mensagem, não sei como, foi para o destino errado. Tentei, em vão, cancelar. Pra nada, claro. Porque o sinalzinho verde de "enviado" piscava sorridente e irônico ali na minha frente.
Paciência. Só me restava aceitar e sofrer na mão do dentista. Que aliás, tinha acabado de me chamar.
Pois é, dentista.
Segunda vez esta semana. Se-gun-da. A terceira vai ser na sexta-feira. Não é uma maravilha?
O porteiro do prédio já decorou o meu nome e o meu RG. Depois de quatro anos e meio, eu e o seu Carlos já estabelecemos até uma conversa saudável sobre o tempo. É ele quem me avisa sobre a "chuva de lascar" pra dali a meia hora, ou então, que o tempo anda seco, o que faz mal pra quem trabalha falando, como nós dois. Vejam só, eu e o seu Carlos somos quase íntimos. E, sinceramente, quando, daqui a uns mil anos, o meu tratamento terminar, acho que só vou sentir falta dele.
Falando nisso, acho que não contei pra você. Perdi minha correntinha de ouro. A mesma que usava desde que era pequena e que, possivelmente, você já viu um monte de vezes no meu pescoço, pessoalmente ou em fotos...
A correntinha era da minha mãe e ela me deu, há uns vinte anos, depois de insistentes apelos e argumentos de que, "se eu já uso há tanto tempo, ela já é minha por direito". 
Eu, raramente, a tirava do pescoço. Até há uns dois meses, quando ela, misteriosamente, sumiu.
Senti um vazio, sabe? Pode parecer bobagem, mas toda vez que me olhava no espelho, sentia falta de alguma coisa. Não era eu inteira ali.
Ontem comprei outra corrente. Decidi que merecia. Ela não é igual a outra. E, claro, não tem o mesmo valor sentimental. Mas é fruto do meu esforço. Talvez isso simbolize uma nova etapa pra mim. E eu espero que seja, finalmente, a etapa da Lidiane adulta (menos birrenta e mais segura).