quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Domingo fomos ao Jardim Botânico de São Paulo tirar umas fotos. Levamos uma Rolleiflex de uns 60 anos. Linda, linda. Eu a conheci no dia anterior e, pra ser sincera, fiquei morrendo de medo de mexer. Vai que quebra, né? :(
Estou doida para ver o resultado, mas acho que vai demorar um pouquinho, já que ainda é preciso revelar o filme, scannear as fotos, tratar as imagens, e bom... eu empaco aí. Então, melhor esperar o fotógrafo entrar em ação. Quando ele me mandar as fotos, eu mostro aqui.
O R. levou uma outra máquina dele, só que digital. Então, fizemos algumas fotos "rápidas". Uma delas, minha, segurando a Rolleiflex. Taí pra você ver. Só não me pergunte o que eu estava fazendo de preto. Saí de casa pensando que ia passar frio e fritei de calor.  L. frita com batatinhas...
O Jardim Botânico é pequenininho e arrumadinho, mas não se compara ao do Rio. No way. Mas, sinceramente, foi tão bom ter ido...
O mais engraçado do dia foi a máquina do R. se tornando atração turística. Ele teve de parar três vezes para mostrar, inclusive para um menino de uns dez anos. Foi bonitinho presenciar tudo isso. E, confesso, fiquei toda orgulhosa do fotógrafo.


(fotos de R. Souza)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

(Ilustração de Ceó Pontual - daqui)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

 (Max Ernst)

Meio sumida, eu sei. Um misto de preguiça de escrever e falta de tempo. As coisas foram acontecendo, acontecendo e quando me dei conta, já estava pra lá de atrapalhada (e dura).
Fim de semestre é sempre essa loucura e o trabalho quase me engole.
Bom, apesar disso, o saldo desses dias é positivo. Com algumas partes bizarras e outras muito boas. 
Entre as boas: comi pastel e pizza, em dias diferentes e restaurantes diferentes. Sei que parece normal pra você, mas, há quase um ano não como nada que não seja sem condimentos estranhos, sem corante, sem conservante e quase sem gosto. A médica pediu que, aos poucos, eu voltasse a comer bemmmmmm devagarzinho algumas coisas e tcham, cá estou eu, fazendo "orgias gastronômicas" para os meus padrões naturebas. O resultado é uma dor de cabeça gigante, mas, pelo menos, minha pele está intacta e não estou me coçando.
Outra parte boa foi ganhar a biografia do Steven Tyler (O barulho na minha cabeça te incomoda?). Estou doida pra começar a ler. Foi um presente, realmente, adorável.
Falar nisso, também ganhei uma poesia. Talvez tenha sido esse, o melhor presente do ano.
Eu e minha queda pelo intangível...
Pois é, achei a poesia tão linda  que criei coragem e digitei aqui. Sim, porque ela foi escrita à mão. 
É ou não é pra ficar boba?
O poeta é "surrealizante", por isso, se não entender algumas coisas, ou achar que o texto não faz sentido, desligue o seu modo de operação "racional" e viaje comigo.
Prometo que valerá a pena.

                                  XXI dias

Átomo de bálsamo noturno no beco da leoa
Curvas de instantes nascidos nos ossos de margaridas 
                                 quentes no amianto
A noite é muito rápida para eu soluçar em suas secreções
As gigantes janelas são páginas depiladas secando à sombra
                                            de véus de saliva
        Raízes que mastigam os próprios pés
                  Felina-carrosel
        Anjos com hálito de arame-farpado
                   Cabelos Pérola Ipiranga
        Orgasmos tão altos que sufocam os viadutos
O chão dobra a gota dos cotovelos
                                 e os minutos aluados do seu bailar
                   Manteiga medusa congelada em vinho-morfina
      Eu não consigo parar e respirar
      O suor nas tintas asfaltam os lábios secos
                De uma mordida esfumaçada no ventre de Sativa
A textura de sua máquina de lembrar
        Cavalga na maciez que sempre arranharei
       Lençóis bordados em corredeiras de línguas
                                                    Em carne-viva & Flor-Afrodite
Tapete epidermial em seu gosto de Circe/Carmin
                O beijo verde de um aracnídeo
Pescando o hímem do céu na boca de seus olhos
Relógios salgados escadarias da saudade gelo sangue e limão
                                                     Das nuvens de cobre
          Em cílios-carvão algodão-parábola em jasmins
Íris sorridente no seio do leite das palmeiras bêbadas
Em dendê mel e gemidos que abraçam
                                                    nossos encontros

(R. Souza)

terça-feira, 8 de novembro de 2011



(foto RSouza)

Dias movimentados e exaustivos.
Mas, com saldo positivo.
A parte trash (embora, muuuuuuuuuito engraçada e non sense) foi ficar presa no parque do Museu do Ipiranga no sábado à noite. 
Fecharam o parque e não vimos (nem ouvimos) ninguém avisando. E, acredite, estávamos bem ao lado do prédio do museu, no parque, fotografando.
Na hora de sair, o portão estava trancado com um cadeado do tamanho do mundo. Não dava para pular o portão, então...
Fomos procurar a segurança. "Muito amavelmente", ele disse que não podia fazer nada. 
- A chave fica com a administração do parque, "que pode já ter ido embora". E, sugeriu que chamássemos a guarda municipal pelo telefone (o nosso, claro).
Bacana, né?
Bom, eu "sugeri" que ia chamar o corpo de bombeiros (que fica ao lado do museu) se não achasse a administração do parque lá, onde havia sido indicado.
Milagrosamente, alguém apareceu com a chave do lado de fora do portão e tcham... estávamos livres!
Dei muita, muita risada o resto da noite lembrando.

A primeira foto do post (que já saiu do ar) foi tirada sábado agora, e é de um caleidoscópio da exposição de Olafur Eliasson na Pinacoteca.
Sério, sem modéstia, adorei o resultado da foto. E e expo, claro. Vale a pena.
Logo tiro a foto do ar, mas queria mostrar pra vocês, meus leitores fiéis e queridos.
De quem, aliás, estou com muitas saudades.

A segunda foto é de uma obra que amo, também da Pinacoteca. Ela ficava de frente, e agora, com a reestrutração, fica completamente visível, em todos os ângulos. A foto a deixou a escultura mais linda ainda (pensei que não fosse possível).
Não parece que ela está viva? São as costas e bunda mais perfeitas que já vi em uma obra! Não resisti e tive de tocar.