domingo, 8 de agosto de 2010



O frio diminuiu e o céu está estrelado. 
O cheiro da noite de hoje me fez lembrar quando, há uns três anos, olhei para o infinito do céu depois do céu e citei Yeats.
Muito de mim se perdeu naquele tempo. E, seguramente, estou diferente. Não sei precisar exatamente como, mas, sim... diferente. Acho que deixei partir alguma coisa e, na tentativa de colar, percebi que nem tudo deve ser reconstituído. 
Nem sei porque estou falando nisso hoje, depois de tanto tempo. Talvez por estar sentindo um aperto esquisito no coração. O que quer que seja, vai passar.
Porque sempre passa.

"Tivesse eu os tecidos adornados do céu,
ornamentados com luzes d'ouro e prata...

...os tecidos azuis, indistintos e escuros
da noite, a luz e os meio-tons,
espalhá-los-ia a teus pés.

Mas eu, sendo pobre, tenho apenas
meus sonhos; espalhei-os, então, a
teus pés. Pisa com delicadeza,
pois caminhas sobre meus sonhos". 

W.B. Yeats

Nenhum comentário: