domingo, 6 de dezembro de 2009



(Argaiz, La ciudade de noche)

Cinco e meia da manhã. Acabei de chegar em casa.
Tem uma borboleta na porta do banheiro. Daquelas pretas, bem grandes.
- Como é que eu vou tomar banho? Me fiz essa pergunta mil vezes, até que vesti o roupão, me cobri com um lençol (feito um fantasma sem noção) e saí correndo banheiro adentro. A borboleta nem se mexeu. Deve estar com medo de mim. E eu, claro, estou com medo dela. Uma troca justa.
Lembrei da cara do Cavaleiro Solitário quando falei que tenho medo de tudo que voa. Inclusive passarinho. Ele riu. Aliás, acho que foi o que mais fizemos hoje à noite. Rimos.
De tudo e de nada.
Das minhas histórias, das dele e do que ocorresse.
Em dias nublados, o melhor a fazer é sair e rir. Sentar em um bar e rir. A vida parece mais fácil e leve desse jeito. Principalmente quando se é madrugada e o dia seguinte é um domingo.
Fico devendo essa ao Cavaleiro Solitário. Eu sei que fui a "segunda opção", mas sei também que ele tem a certeza de que sempre pode contar comigo. Nas horas boas e nas ruins.
O que ele ainda não sabe é que, minhas horas ruins, podem ser transformadas, facilmente, em horas boas. E que pra isso, nem é preciso muito esforço. Só carinho, atenção, o frio da madrugada, batata frita com queijo, café com leite em uma padaria no meio de uma rua sem nome e uma imensidão de luzes coloridas e (bregas) de natal.

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