domingo, 16 de agosto de 2009


(Laerte - daqui)

E ontem foi o dia do trânsito pra perder a paciência. Perdi, né? Claro. E fiquei cansada, muito cansada. Pra comemorar, acordei hoje às 11 da manhã. Deliciosamente feliz.
Dormir bem me faz feliz.
Mas o chefe ligou e eu tive de trabalhar, mesmo sem querer. É verdade que trabalhar em casa, de pijama e pantufas é sempre mais confortável. Então...

Duas pessoas me falaram, hoje, que estou com um ar mais leve. Será? Muito provável que sim.
Se por um lado, é bom perceber que grande parte daquele rancor (deslocado e indesejado) já foi embora, por outro, o medo ainda me paralisa.
Não gosto de indefinições e sei bem que crio situações que confundem as pessoas. Pior, confundem a mim mesma.
Digo coisas, querendo outras. E tudo para me proteger. Tentativa frustrada, aliás. Porque termino provocando o que menos quero.
E foi aí que a conselheira estelar me perguntou, assim, na lata: - E o que você quer?
Eu ri. Porque ela sabe o que eu quero.
O que sempre quis: carinho.
Na verdade, eu preciso aprender a aceitar o carinho que recebo. É essa a verdade.
Eu não faço por mal. Esse meu jeito, meio distante e irritadiço, é parte de uma tentativa inocente e infantil de parecer forte. Pra que, né? Isso não serve para nada.
E sabe, a cada dia, acredito realmente, que tudo tem a sua hora certa. O bom é que a maturidade (para não dizer a idade), minimiza um pouco a pressa e está me fazendo entender que a vida vai muito além do que eu sou. E do que eu que quero.

O Brow está fazendo mestrado às sextas, de quinze em quinze dias, um andar acima de onde trabalho também às sextas pela manhã. Fomos almoçar ontem e vamos nos ver sempre que der. Não é o mesmo que trabalhar juntos novamente, mas está valendo.

A Mouzes me disse uma coisa interessante hoje: o inverno não é a melhor época de mudar. Não deixa de ser verdade. Inverno é época de recolhimento. Procurar um apartamento agora, está fora dos meus planos. Mas já começo a pensar nisso.

Falar em Mouzes, tinha mais de uma semana que não falava com ela. E a gente mora na mesma cidade. Meia hora uma da outra...

Definitivamente, o mocinho do estacionamento foi com a minha cara. Isso é uma maravilha. Meu carro está sempre fácil.

A Katinha me contou, toda feliz, que pegou um filme francês na locadora. Quando me disse o nome (Como você é bonito), lembrei que vi no cinema e há mais de um ano.
É por essa e por outras, que estou feliz em Sampa. Apesar do trânsito, das pessoas mal humoradas e das chuvas.
Paraíso é onde a gente escolhe morar.

Nenhum comentário: