quinta-feira, 29 de julho de 2010

(Cena de O Poderoso Chefão)


O que você faz quando perde o sono?
Eu fui pra sala e assisti à "O Poderoso Chefão" (The Godfather).
É inacreditável como eu gosto. 
Poderia ficar horas e horas ouvindo Don Corleone falar.
Hoje eu vou ver a parte II. E espero ver a parte III antes das férias acabarem (esse assunto me dá tremedeira).
Todo mundo diz que "O Poderoso Chefão" é filme de menino. Mas não é, não.
Isso é bobagem sexista.
É um filme pra sempre.
Amo!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

(Vito Campanella)

Desde que tomei essa bendita vacina H1N1, eu tenho uma crise de gripe, respiratória ou sei lá, atrás da outra.
Já foram três. 
A de hoje foi forte. E começou na segunda.
Cheguei hoje no hospital sem respirar direito. E tudo por causa de uma bendida escova progressiva que uma dona estava fazendo no salão enquanto eu estava lá. Por isso odeio essas químicas de salão.
Como as pessoas sobrevivem com isso na cabeça?
Bom, isso deve explicar muita coisa, né? Esse treco deve entrar pelos poros do cabeça e derreter o cérebro. 
E, claro, entupir narizes alheios.
Mas tudo tem as suas compensações. Adoro diálogos de sala de espera:
- O médico me disse que estou com problemas hepáticos.
- Mas você bebe muita água?
- Mais ou menos, eu não gosto de água.
- Então deve ser por isso que está com problemas nos rins.

Não é reconfortante?
:P
De qualquer forma, depois de uma injeção de corticóide, uma inalação e um comprido de anti-alérgico, já respiro um pouco melhor.



terça-feira, 27 de julho de 2010

 (Recoleta, em Buenos Aires)

Buenos Aires é uma cidade mui hermosa. Mesmo. De fato, toma-se vinho bom e barato a qualquer hora e em qualquer lugar, há cafés em cada esquina e vi muitas livrarias. Mas o melhor, o melhor mesmo, é a sensação de estar em uma mistura de Rio de Janeiro e São Paulo. As avenidas largas, charmosas e arborizadas se parecem com o Centro do Rio. O clima, a arquitetura e o ritmo da cidade lembram São Paulo.
Foram apenas cinco dias, e passada a euforia do novo, é sempre (muito) bom voltar pra casa.

A verdade é que não levei máquina. Queria descompromisso com tudo. Até mesmo com o meu olhar sobre a cidade. 
Isso está guardado na minha memória afetiva.
Eu sei que pra vocês, fissurados em fotografia, não levar máquina parece uma heresia. Mas, entendam. Meus sentidos todos se misturam e vejo bem menos com os olhos do que com o corpo. Então...
De qualquer forma, há fotos da viagem e, como eu prometi, aqui estão algumas.
Espero que nas férias do ano que vem, eu tenha mais fotos de outros lugares para mostrar.
É o que eu mais desejo.

1º dia - Do aeroporto para a noite de Buenos Aires
Antes de sair do aeroporto, levei uma bronca. Enquanto esperava, saí (distraída) pela entrada da polícia federal. Detalhe, eu já tinha carimbado o "visto" e poderia transitar por onde bem quisesse. Los hermanos não foram muito educados. Turista não deveria ser bem tratado?
Acho que eles perderam essa aula na escola.

Ah, não tenho fotos dessa noite. Mas fomos a um bar, no bairro de Palermo. Que é dividido por "áreas". No nosso caso, o Palermo Soho. 
A música era tão alta que quase fiquei surda, mas tudo bem, estava lá para aproveitar. Logo no primeiro dia percebi que em Buenos Aires se come "empanada" em qualquer lugar. E que a batata frita deles é ruim. Mas em compensação, o vinho é barato e a cerveja, forte e gostosa.
Ah! O nome do bar era Macondo. 
Macondo é a cidade onde moram os personagens de Cem Anos de Solidão, de Garcia Marquez. Que é colombiano. 
Quem entende?
O detalhe bizarro ficou por conta da música. Ouvimos de um tudo no bar (no volume mais alto). Desde rock argentino a funk brasileiro. Com especial atenção para a música do filme Tropa de Elite.
Pá pá pá pá pá pá pá...
E... o telão exibia umas cenas que pareciam saídas do Canal Playboy. 
Parece que os argentinos são mais liberais que os brasileiros, porque, sério mesmo, nunca vi disso por aqui. E, não, o bar não era um "inferninho".

2º dia:
City tour pela cidade.
E sol.
Mas quem disse que o sol amenizou o frio? Passei um frio inacreditável.


Essa é a Avenida 9 de Julio. Larga e linda. Ficamos na Avenida Santa Fé, que cruza a 9 de Julio.


Aqui, o estádio do Boca Juniors. Um dos times de lá. Argentinos são fanáticos por futebol. O Boca é como se fosse o Corinthians daqui. A visita ao estádio é obrigatória e divertida.
O detalhe fica por conta da propanda da Coca-Cola, toda em P&B. 
O principal rival do Boca é o River Place, que tem o vermelho como cor, então, a Coca, pra não contrariar...




(Caminito)

O meu lugar preferido em Buenos Aires foi o Caminito (de La Boca). Fica no bairro do Boca e não é exatamente uma área nobre da cidade.
É uma espécie de Pelourinho de lá (guardadas as devidas proporções históricas e físicas).
Foi todo restaurado e hoje as casas são pintadas em cores diferentes e alegres. Há uma feira bacana lá. Você encontra desde cachecol até telas. 
Sem contar que você pode tirar fotos com sósias do Maradona e com dançarinas de tango. Preferi comprar cachecol e telas. :P
Ah! Foi lá que levei a cantada mais non sense da minha vida:
- Quem você acha mais bonito? Os argentinos ou os brasileiros? 
- Os argentinos (falei a verdade, mas em um espanhol macarrônico).
Ele sorri, me mostra outro cachecol, coloca no meu pescoço e diz algo mais ou menos assim:
- E nós ainda cozinhamos, lavamos os pratos, sabemos cuidar da casa e fazemos amor todos os dias. Que tal?
- Não obrigada, mas eu fico com esse cachecol aqui. 
(Depois dessa eu tinha de comprar alguma coisa, né?)
:P

O city tour terminou à tarde. Saímos pra bater perna e descobrir como vivem as pessoas lá. E, claro, fizemos compras.
O detalhe foi o frio inacreditável que passei. 


À noite fomos para um bar no Palermo Hollywood tomar vinho e ver gente.
A comédia da noite. Como não conhecíamos nada, fomos olhando, perguntando e pesquisando. Entramos (sem saber) em um bar que estava tocando Heavy Metal argentino.
De trágico, ficou cómico.
Detalhe: a batata frita que pedimos era feita com batata doce e o som estava tão alto que pra conversar, berrávamos. Minha prima (que também foi), achou um saco e dormiu (!!!!!!!).
No final, saímos rindo, de madrugada, pelas ruas. 

Decidimos parar em um café (quase de manhã), comer uma pizza e tomar vinho.
É, eu sei...
Esse foi o prenúncio de uma constatação: a vida noturna aqui é muito (muito) melhor (e mais cara).

3º dia: bater perna pela cidade e à noite t.a.n.g.o


As fotos são do que vimos e gostamos em Buenos Aires.
Muitos prédios lindos, muitas estátuas e mais táxi que gente. Impressionante!





(na casa de tango La Ventana)


4º dia: tempestade (!!!), passeio de barco e la ventania, museu de Belas Artes. À noite, teatro.

Esse foi o dia mais bizarro de todos. Fomos passear de trem e depois de barco em Mar del Plata. Depois desembarcamos em Porto Madero. Um bairro novo e chique de Buenos Aires, onde fica o porto. 
Simplesmente, pegamos uma tempestade. 
Eu não conseguia ficar parada em pé. O vento me empurrava. Você imagina a força do vento pra conseguir me empurrar?
Entramos correndo em um hotel e tchammmmm! Era o Hilton. 
Todo mundo molhado e exausto entrando no Hilton.
Precisa dizer mais nada, né?
À noite, ainda viva e seca, assisti a peça El Anatomista. E, sim, entendi tudo.
Ou quase tudo.
:P
Fim de noite em um café (meio borracha). Acho que tomei vinho todos os dias na hora do almoço e no jantar.



(eu, completamente molhada)

(eu, tentando ficar seca)


5º e último dia: a livraria mais linda do mundo (ou quase)

Como íamos viajar à noite, passamos o dia passeando.
Visitei a segunda livraria mais linda do mundo: El Ateneo. Era, originalmente, um teatro, daí os camarotes, o palco (que se tornou um café).
Incrível, mas parece que há uma livraria na Holanda mais bonita ainda.
O detalhe é que não achei nada do Quino (autor da Mafalda) lá. E, havia mais Paulo Coelho que Jorge Luis Borges nas estantes, que por acaso, assim como o Quino é argentino.
Em compensação,comprei muita coisa em outra livraria, muito menor, mas bem charmosinha e mais sortida.
Também andei de metrô, que é a coisa mais estranha do mundo. Parece um trem da Central do Brasil, no Rio.
O fechamento de portas é manual. Um sujeito coloca a cabeça pra fora do vagão, vê se há mais alguém entrando, e aperta um botão para fechar as portas.
Imagine isso na Sé, às 18h. Eu morro de rir só de pensar. O cara ia ficar a vida inteira com a cabeça do lado de fora. O metrô do Rio e de São Paulo dão um show em comparação ao de Buenos Aires.
Ahhhhhhh! A melhor parte: um das linhas tem metrô sanfonado. Sabe aqueles ônibus enormes de dois ou três "carros". O que os liga são aquelas sanfonas, certo? No metrô de Buenos Aires é igualzinho. Por isso eles fazem aquelas curvas tão radicais e balançam.
Se você for a Buenos Aires, por favor, ande de táxi.

(Livraria El Ateneo)


segunda-feira, 26 de julho de 2010

 
(Pesare) 

De uns dias pra cá, ando tendo sonhos muito estranhos e reais.
Não gosto muito dessa sensação. 
O mais esquisito é que agora há pouco senti o mesmo que em um sonho antigo.
Lembro disso porque marcou. 
Estou torcendo pra que seja só mais uma fase de esquisitices. De qualquer forma, por enquanto, meus sonhos, são apenas sonhos.

P.S. Troquei, com a minha irmã, meu smartphone por um celular mais simples. Vamos ver agora. Esse não tem nem metade das funções do outro, mas tem TV e é mais simples de usar. :P
Acho que ela saiu perdendo.



sexta-feira, 23 de julho de 2010


(Laerte - clique na tirinha para ampliar)

Pois é, sei que estou devendo as tais fotos da viagem. Mas, desde que cheguei, não consegui parar um segundo sequer. Muita coisa pra colocar em ordem antes das férias acabarem e, confesso, tenho aproveitado o resto do tempo que me resta na rua. Na quarta fui ver Toy Story 3. Coisa mais fofa. Além de ser esteticamente perfeito, a história é uma graça. Morri de chorar. Culpa da TPM, clarooooo! :P
A minha única decepção veio depois do cinema. Trocaram o chope da Brahma de um bar na Paulista que eu gosto pelo chope da Heineken. Quem vê assim até acredita que eu bebo sempre. Não bebo. Mas é que é uma espécie de tradição ir lá todo começo e fim de semestre. E o chope da Brahma é o único que tomo sem fazer careta.
Mas, está valendo. O que importa é estar entre amigos. Certo?

Ontem fui ao teatro. A peça que vi é uma comédia escrachada. A verdade é que prefiro um outro tipo de humor. Um pouco mais refinado e menos óbvio. Só que, quer saber? Eu dei muita risada, então, valeu.
O detalhe ficou por conta do meu pânico ao perceber que a peça tinha interação com o público.
Eu tenho pavor dessas coisas. Só de me imaginar sendo abordada por um ator no meio da peça, já começo a tremer. Mas, milagrosamente, a "interação" foi feita de outra maneira. E eu me livrei de mais uma.
Ah! O meu ingresso foi de graça. Estava na fila e um moço bonzinho ofereceu um ingresso que ele tinha a mais. Ele não quis vender. Apenas deu. Assim, na maior simplicidade. E foi pro canto dele.

Hoje foi dia de acupuntura, médico, banco, mercado e visitar amigos queridos. Estou mortinha. Mas, foi bom. Todos gostaram dos presentinhos. Só meus pés é que estão reclamando.
Assim que estacionei o carro, pensei: agora vou dormir até segunda-feira. Não demorou um minuto e o telefone tocou. Amanhã tem almoço com duas amigas. Pelo cansaço, eu deveria recusar, mas aí lembrei que estou de férias e que elas acabam logo, logo.
Se você está aqui, me conhece. E se me conhece, sabe o quanto prezo estar entre as pessoas que amo. Mesmo que na maioria das vezes, adore ficar sozinha.
Acho que é esse meu ascendente esquisito.

Hoje teve uma parte bizarra também: peguei c-a-r-o-n-a com um motorista de táxi.
Fui pro médico de metrô. Facinho pra chegar. Uma descida bem íngreme, mas uma descida. E na hora de voltar? Sol forte, salto e uma molezaaaaaaaa.
Não tinha táxi na rua, até que passou um e eu quase voei em cima dele. O senhorzinho parou, disse que não podia me levar porque ia entregar uma encomenda, mas me dava uma carona até o fim da ladeira.
Quando eu contei isso aqui em casa ouvi: essas coisas esquisitas só acontecem com você.
Será? Sei não...

Ah! Formatei o note. E, claro, por preguiça, não importei os emails que tinha no programa antigo. Será que você pode, por favor, me mandar um email só pra eu cadastrar aqui?
Pela atenção, obrigada.
:P


terça-feira, 20 de julho de 2010


Cheguei esta madrugada.
Buenos Aires é linda.
Vou descansar um pouquinho e depois mostro as fotos.

quinta-feira, 15 de julho de 2010


Ontem eu ganhei a trilogia "O Poderoso Chefão", assim, meio que do nada. No estilo: 
- Tó pra você.
Nossa, nossa, nossa! Minha cara de felicidade foi tão evidente que fiquei até meio envergonhada. Mas, poxa! Não é só um mimo. É preciso me conhecer pra acertar assim.

Como uma pessoa pode ter todos os livros que eu quero e não li? Fui passando os olhos e morrendo de vontade de levar todos pra casa, mas não dá. Pelo menos, por enquanto. Deu um aperto no coração...

E a chuva não pára. Castigando mesmo.
Urg!

Ontem, experimentei aquele vestido que eu só uso "para ver deus" e adivinhe: apertado (muito apertado). 
É, preciso voltar para a ginástica e para as caminhadas. Urgente.
Mas, férias, né? :)

Falar nisso, meu note fica de folga a partir de hoje até a próxima segunda. Vai ser formatado. E eu quero um descanso.
Então, até semana que vem.



quarta-feira, 14 de julho de 2010

(Chema Madoz)

Chove tanto.
Tanto!
Um exagero de água por todos os lados.
E você sabe, eu, realmente, não gosto. Não desse jeito.
É ruim pra sair, pra andar, pra tudo.
Ou quase tudo. 
:P


terça-feira, 13 de julho de 2010

Sessão nostalgia total

Acabei de falar com amigo meu de Salvador. Ele está aqui e me mandou um email avisando.
Vasculhando o computador enquanto "conversávamos", achei uma foto nossa, da época em que fazíamos faculdade. Nem vou dizer quantos anos isso tem, porque é meio constrangedor, mas olha a foto aí.
Eu sou a de preto e cabelo compridão. Que aliás, hoje está médio (é, deixei crescer um tiquinho).
Dos cinco amigos da foto, mantenho contato com três deles. Que continuam sendo próximos e queridos.
Sinceramente, gosto disso em mim. Ter amigos de longa data e mantê-los perto, na medida do possível.



Achei mais uma foto. Essa é bem mais recente e foi tirada aqui em Sampa, há uns três anos. As meninas da foto também são amigas de faculdade. Uma delas mora aqui e é como se fosse uma irmã. A outra, mora em Salvador e está vindo, de novo, passear esta semana. Bom, né?




Outra da época da faculdade: eu e o mais querido e calmo dos amigos. Todo mundo perguntava se éramos irmãos. Eu sempre dizia que sim e ele dizia que não. :P
Desconfio que ele aprendeu a mentir na faculdade. Comigo.
Nessa foto, estávamos todos fazendo um trabalho na casa dele. Eu cansei e fui descansar. Lembro que foi um dos trabalhos mais angustiantes do mundo. Aliás, isso deu origem a uma lenda no nosso grupo: a família abacate. O layout mais tosco, verde e horroroso da Terra.
Valeu pela diversão (depois que o trabalho acabou, lógico).




Mudando de assunto, mas continuando na mesma linha, hoje é aniversário da minha amiga ruiva (amiga de anos e anos também, mas que não fez faculdde comigo, porque é advogada). Liguei agora há pouco pra ela (que mora em João Pessoa). Sei que ela vai ver essa foto super antiga e vai gostar, então, pra você ruiventa.
E, FELIZ ANIVERSÁRIO!



domingo, 11 de julho de 2010

(Vladmir Kush)

Eu tenho milhões de coisas pra fazer, mas a coragem não chega.
Sei que estou sendo irresponsável, mas, por favor, né? Passei o semestre inteiro correndo feito uma louca e, agora, nesses primeiros dias de férias, deixei pra lá todas as minhas urgências.
Estou me sentindo a rainha da enrolação. A princesa da preguiça e a condessa do depois eu penso nisso.
Não leio os emails direito, não respondo ninguém, quase não retorno as ligações e olho, com ares de desdém, para pilhas e pilhas de coisas espalhadas pela casa precisando de providência ou de serem rasgadas e "afetuosamente, enviadas para o lixo.
Preguiça, preguiça, preguiça.
Não consigo pensar, não consigo responder, só quero ficar na rua, batendo perna pra cima e pra baixo, olhando o mundo, conversando com as pessoas e comprando bobagens. E é isso que eu tenho feito. Não paro em casa.
Também não consigo me concentrar em uma leitura séria. Tenho três Pierre Lévy me esperando, um Castells, e muita coisa boa (e necessária) que comprei durante o semestre. Mas, sinceramente, mal consigo terminar de ler as quatro Piauí atrasadas ao lado da minha cama.
Acho que tenho, aqui, uns seis ou sete livros iniciados e não finalizados. Todos bons. Todos interessantes, todos merecedores da minha atenção, mas cadê a concentração? A minha tentativa de ler Crime e Castigo está sendo quase hercúlea. Henry Miller é o amor da minha vida e mal consigo terminar uma página de Primavera Negra. Nem revistinhas da Mônica escapam do meu desinteresse.
Isso me lembra um trecho de um livro do Conan Doyle. Acho que, Signo dos Quatro.
Sherlock Holmes, em mais uma de suas colocações, diz que a mente, ao contrário do que todos acreditam, não é elástica. Existe um número máximo de informações que cabem nela. Por isso, ele só guarda coisas importantes.
Eu queria saber esvaziar a minha mente. Ela está cheia de bobagens e referências que não servem para nada. Ou para quase nada. Gostaria de ter esse poder. Aliás, quem não gostaria?
Falar nisso, não estou conseguindo dormir direito. Ansiedade, provavelmente. Ainda bem que existe chá de camomila para essas horas. E, sim, tudo isso tem um motivo. Um deles, provavelmente, é a vontade de transformar o meu cotidiano. Vivo em um constante jogo de interesses comigo mesma. Eu gosto do novo. De mentes ardentes, de pessoas interessantes e inteligentes, mas vivo cercada por minhas convicções e pelo médio. E eu me sinto na média, por isso. Enquanto a minha mente voa, as obrigações me puxam de volta para baixo. Me incomoda saber que ainda não consegui me libertar desse ranço burocrático, suburbano e classe média no qual eu estou mergulhada. No qual, eu mesma mergulhei.
Provavelmente, a maioria dos meus problemas são de origem familiar. Problemas freudianos, diriam os mais incautos. Eu também acho que são. Tenho uma dificuldade muito grande em lidar com o cotidiano, que gera a consequente intimidade entre as pessoas. O "todo-dia" me irrita. E, sim, muitas vezes, eu me sinto muito mais à vontade sozinha, do que acompanhada.  Isso talvez seja fruto da minha criação asséptica. Mas, já estou grandinha para saber lidar com isso. Todo mundo aprende, uma hora ou outra. 
Talvez, a liberdade, signifique para mim, o contrário do que significa para a maioria.
Para mim, é muito fácil lidar com o desapego. Com o descompromisso.
Difícil mesmo, é lidar com o afeto. Com relações duradouras, com o cotidiano e com o saber receber na mesma proporção que se dá.
Parece estranho para você? 
Pra mim, isso só é a página dois de um livro que começa onde termina o óbvio e que dorme na estante da biblioteca de Babel.
Não entendeu isso?
É sinal de que você pode até me conhecer, mas não conhece o que eu amo.






sexta-feira, 9 de julho de 2010

Enfim, achei "o" lugar pra sair à noite em São Paulo.
Quer dizer, não dá pra ir sempre, claro. Só no dia que eu estiver com vontade de ver gente, de ouvir música alta e (muito, muito) boa, e com vontade de dançar até às quatro da manhã.
Consertando, então:  achei "o" lugar para sair, de vez em quando, à noite em São Paulo.
O estranho é que *todo* mundo já tinha me dito que o Café Piu Piu é a minha cara.
Rock, gente que gosta de rock e gente que realmente gosta de rock.
O mais legal é que, embora eu tenha visto um aluno (urg!), era facinho perceber que a maioria ali, tinha ido realmente para dançar e ouvir música. Bom, né?
Ótimo, para falar a verdade. 
É, eu sei. Sou meio chata para música, bares e baladas. Prefiro lugares mais calmos e intimistas.
Gosto de me sentir aconchegada nos lugares que frequento. E de poder conversar sem ter de gritar.
Com algumas exceções. E, tenha certeza, o Café Piu Piu entrou nessa lista. O único contra é o serviço do bar. Demorado e caro. Mas, pensando bem, estou em São Paulo. Aqui tudo é caro.
Acho que volto lá até as férias acabarem.

P.S. Estava escuro. Certo
Eu sou cegueta. Certíssimo.
Mas, juro. Acho que vi um poster do Lautrec e outro do Botero em uma das paredes. Acho!
Descubro da próxima vez que voltar.

quinta-feira, 8 de julho de 2010


Eu não sei como ainda me impressiono.
Um amigo meu de anos, do tempo em que eu ainda fazia faculdade, trabalhava com propaganda e morava em Salvador, me achou no MSN.
Bom, esse meu email é muito antigo, então, na verdade, ele não me achou, simplesmente me adicionou à nova conta de MSN dele. E sim, eu também estou na antiga.
Detalhe, esse novo MSN dele é secreto. Se é que você me entende.
Para falar a verdade, eu meio que já me acostumei a essa coisa de meninos e vida dupla. Não que eu aprove, mas... eu vou fazer o quê?
Como diz o marido de uma amiga minha:
- Você é brow!
É, eu sou "brow" e estou acostumada a ter amigos do sexo masculino. Isso é comum pra mim.
Mas, ainda me irrito profundamente com certas bobagens do outro gênero. Homens, quando estão namorando ou se casam, parecem que enfiam os rabos entre as pernas e morrem de medo de tudo.
Eu, sinceramente, acho fraqueza. E, bom, você me conhece. Meu nível de admiração é proporcional a minha amizade. Eu não respeito homens fracos. Não fui criada para isso e cresci achando que para ser homem é preciso duas coisas: ter pinto e ter hombridade.
Isso eu aprendi com meu pai, que sempre me olhava e dizia:
- Não minta e não chore. Fale a verdade ou não fale.
Chorar, eu choro às vezes. Mas, falo a verdade.
Talvez por isso eu ainda me impressione com gente que, além de se esconder e mentir, também morre de medo da mulher que tem ao lado.
Eu sei que nós mulheres somos, geralmente, ciumentas. Eu sou muito ciumenta. Não nego e não me envergonho. Porque é a verdade.
Mas ciúmes pode ser controlado, e a melhor forma de fazer isso é conhecer a verdade.
Essa é a questão: a verdade.
Toda mentira é derivada do medo e bom, medo de perder alguém só é justificável quando o outro é volúvel, nós somos cegos, ou o trauma é grande demais para qualquer explicação.
Eu não sei lidar com mentiras. Prefiro sempre a verdade. Mas é uma escolha minha. E, sim, eu também tenho traumas, (muitos) medos e vergonhas.
Mas ainda assim, mesmo sendo mulher, mesmo sendo feminina e mesmo tendo um gênio do cão, eu ainda tenho mais hombridade que muito homem que conheço. E não acho que seja uma questão social, ligada ao gênero. Acho mesmo que é uma questão de caráter.
E você sabe, caráter não se compra na loja, no supermercado e nem é dádiva do divino espírito santo. 
Ou você tem, ou você... finge que tem.
E acredite, tem gente que percebe.

quarta-feira, 7 de julho de 2010


O problema de ser uma falsa extrovertida, é que as pessoas acham que você está fazendo fita quando a timidez realmente aparece.
Não, eu não faço fita. É vergonha mesmo.


terça-feira, 6 de julho de 2010

Segunda no parque.
Com árvores, conversa e uma lonnnnnga caminhada.
O planetário está reformando, os museus estavam fechados, mas o passeio foi muito bom.
Precisava de ar puro e verde.
Queria tirar foto dos patos e dos marrequinhos, mas eles estavam bravos. Então, tirei fotos de árvores.
A da cerejeira foi pra você. ;)

  

Hoje, terça, aproveitei o dia de faxina em casa e saí para resolver umas coisas. Mas antes, fui para a acupuntura.
Colocaram muitas agulhas perto do meu nariz. Muitas mesmo. Fiquei parecendo uma punk. Queria ter tirado foto, mas ia ser esquisito parar no meio da consulta pra isso. :P


(Laerte)

Depois fui visitar uma amiga que trabalha no banco e claro, cadastrar uma senha sem pegar fila. :)
É, eu sou desse tipo.
Como o banco fica na Augusta, aproveitei para ver vitrines diferentes, sebos bacanas e toda aquela gente esquisita que quer ser alternativa, mas é igual a qualquer alternativo. Essa é a parte que acho melhor: todo mundo se veste igual, mesmo quem se veste diferente.
Mas está valendo. Calça xadrez e sapato vermelho é melhor que calça social e sapato que brilha.
:P
A melhor parte: comprei dois filmes em uma banquinha que vende coisas meio raras, mas acho que tenho cara de quem só assiste porcaria.
Cheguei perto e o vendedor foi logo dizendo: 
- Nós não vendemos filmes da moda. Comerciais.
- Certo. Mas quanto é esse?
- Se você quiser, tem as banquinhas aí do lado.
E eu ri. Porque o cara se parece com Raul Seixas, eu já comprei mais de dez filmes lá e, sei lá, ele devia estar numa viagem meio transcendental.
- Moço, eu tenho cara de burra?
- Não, mas não custa avisar...

Ah! Levei uma multa de trânsito. Eu estava a absurdos 78km/h.
Praticamente rompendo a velocidade da luz. Mas enfim... vou pagar, né?
"Errou, tá errado".

Falar nisso, um vídeo da cidade inacreditavelmente sem trânsito no dia do jogo do Brasil x Holanda.
Isso, em SP, só de quatro em quatro anos.




domingo, 4 de julho de 2010

Eu sei que eu pareço uma boba quando meu celular toca. Na verdade, não gosto de celular. Quer dizer, dos toques. Sempre me assusto e acho que "lá vem problema". Então, resolvi, há tempos, colocar uma musiquinha que me fizesse feliz. Mesmo que, para isso, precise papel de boba.
Normalmente, n.i.n.g.u.é.m sabe do que se trata. Então, eu fico rindo sozinha. 
Afinal, louca por louca, sou uma louca interestelar.
:)




sábado, 3 de julho de 2010

E eu sou muito (muito) boba mesmo.
Ainda não aprendi que tem coisa que é melhor deixar pra lá.
É como falar de ciência para um criacionista ou de razão para um adolescente apaixonado.
Ambos não vão entender uma palavra e ainda vão achar o resto do mundo chato.
Vai ver que o mundo é chato mesmo...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Primeiro dia de férias.
E, sinceramente, ainda não coloquei os pés fora de casa.
Dor de cabeça e tpm.
Decidi: primeiro vou descansar uns dias e depois cuido do resto.