quinta-feira, 8 de julho de 2010


Eu não sei como ainda me impressiono.
Um amigo meu de anos, do tempo em que eu ainda fazia faculdade, trabalhava com propaganda e morava em Salvador, me achou no MSN.
Bom, esse meu email é muito antigo, então, na verdade, ele não me achou, simplesmente me adicionou à nova conta de MSN dele. E sim, eu também estou na antiga.
Detalhe, esse novo MSN dele é secreto. Se é que você me entende.
Para falar a verdade, eu meio que já me acostumei a essa coisa de meninos e vida dupla. Não que eu aprove, mas... eu vou fazer o quê?
Como diz o marido de uma amiga minha:
- Você é brow!
É, eu sou "brow" e estou acostumada a ter amigos do sexo masculino. Isso é comum pra mim.
Mas, ainda me irrito profundamente com certas bobagens do outro gênero. Homens, quando estão namorando ou se casam, parecem que enfiam os rabos entre as pernas e morrem de medo de tudo.
Eu, sinceramente, acho fraqueza. E, bom, você me conhece. Meu nível de admiração é proporcional a minha amizade. Eu não respeito homens fracos. Não fui criada para isso e cresci achando que para ser homem é preciso duas coisas: ter pinto e ter hombridade.
Isso eu aprendi com meu pai, que sempre me olhava e dizia:
- Não minta e não chore. Fale a verdade ou não fale.
Chorar, eu choro às vezes. Mas, falo a verdade.
Talvez por isso eu ainda me impressione com gente que, além de se esconder e mentir, também morre de medo da mulher que tem ao lado.
Eu sei que nós mulheres somos, geralmente, ciumentas. Eu sou muito ciumenta. Não nego e não me envergonho. Porque é a verdade.
Mas ciúmes pode ser controlado, e a melhor forma de fazer isso é conhecer a verdade.
Essa é a questão: a verdade.
Toda mentira é derivada do medo e bom, medo de perder alguém só é justificável quando o outro é volúvel, nós somos cegos, ou o trauma é grande demais para qualquer explicação.
Eu não sei lidar com mentiras. Prefiro sempre a verdade. Mas é uma escolha minha. E, sim, eu também tenho traumas, (muitos) medos e vergonhas.
Mas ainda assim, mesmo sendo mulher, mesmo sendo feminina e mesmo tendo um gênio do cão, eu ainda tenho mais hombridade que muito homem que conheço. E não acho que seja uma questão social, ligada ao gênero. Acho mesmo que é uma questão de caráter.
E você sabe, caráter não se compra na loja, no supermercado e nem é dádiva do divino espírito santo. 
Ou você tem, ou você... finge que tem.
E acredite, tem gente que percebe.

Nenhum comentário: