domingo, 31 de janeiro de 2010

("capa" do DVD Melinda e Melinda)

Vi Melinda e Melinda ontem.
Woody Allen sempre me atordoa.
É como se eu estivesse saído de um porre a cada filme.
Mas a história é chata no começo.
O filme só fica atraente quando escapole do pedantismo, sem explicações e metalinguagens. Apenas a história.
E é justamente nesse ponto, que a personagem vira você.
O que você faria?
Ou ainda: você faria isso?
Sua vida tende ao drama? À comédia?
Ou os dois lados são um só?
Pois é... Eu me pergunto, todos os dias, quem realmente sou. E o que realmente faço da minha vida.
As respostas chegam, quase sempre, embaralhadas.
Isso tem lá o seu lado histriônico. Mas, não é isso o que eu quero.
Quero respostas, sem o contingente histérico, tão comum no comportamento do ser humano.
Drogas, neuroses, medos e traumas.
Nada disso me interessa.
Acho, sinceramente, que Woody Allen, mesmo tendo uma personalidade claramente doentia, senta no chão e ri de si mesmo.
E da humanidade.
Ele sabe fazer isso.
E fez em Melinda e Melinda.
É como se ele estivesse, claramente apontando o dedo para a minha vida anônima e perguntando se entendi que não há como escapar.
Talvez por isso o filme termine com um corte seco.
Como a morte.

Se vale a pena assistir?
Sim, vale.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Esses dias vi umas imagens tão fofas, mas tão fofas, que deu vontade de postar uma também.

Essa vai, então, pra você, com um abraço bemmmmmmmmmm gostoso. 
Nhowwwwwww!




(Escher)

Escrevi um post enorme e apaguei.
Eu penso em tanta coisa ao mesmo tempo... Tanta, que vira bobagem, sabe?
O que na verdade importa, no final das contas, é estar perto de quem se ama.
E perto, não quer dizer, necessariamente, proximidade física.
É mais que isso.
É sentir o outro, tão intensa e avidamente, que os limites passam a ser outros.
Ou passam a não ser.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

.
Vi de novo.
E veria mais um milhão de vezes.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010


(Magritte)


Rasguei tanto papel hoje que estou com os dedos doendo. E, ainda faltam três caixas...
Rasgar papel é bom. Quase um "descompromisso" com o passado. E é isso mesmo que eu quero. A liberdade proporcionada pelo desapego.
O intuito é jogar fora tudo aquilo que não serve mais. Lembranças, objetos e sentimentos. Fica apenas a parte boa das coisas. E o presente, amante de um futuro repleto de possibilidades.


sábado, 23 de janeiro de 2010


(Pesare)


Reunião pesada na quinta e eu peguei chuva na cabeça. Muita.
Mudanças no trabalho. Novas diretrizes. Nenhuma surpresa. Mudanças organizacionais não me causam mais arroubos emocionais. Se as regras estão diferentes agora, dancemos conforme a música. No final das contas, a pressão continua igual. Para o bem ou para o mal. E, sinceramente, reclamar não adianta muito. Então, o negócio é fazer o melhor possível, com as condições "oferecidas".
Tudo isso pra dizer que tomei chuva. O que resultou em um desânimo inacreditável na sexta. Mas, a vida continua. Por isso, passei o dia de folga todinho na rua resolvendo coisas importantes. 
À noite, festa!
E, claro, mesmo "desanimada", eu fui. O anfitrião é um chef de primeira e adivinha, alguns petiscos foram preparados especialmente para mim, que sou uma fresca. Dancei, me diverti, mas voltei cedo. O corpo pedia cama.
Amanheci dodói. Muito, muito. Voz de tele-sexo, garganta inflamada e dor no corpo.
Resultado: dormi o dia todo, não ajudei na mudança de uma amiga, perdi o cinema que estava planejado e sequer resolvi as coisas atrasadas do trabalho. 
A parte boa é que doente aqui em casa tem sempre atenção especial e suco de laranja na cama. 
Então, com licença, vou ali assistir filminho enrolada nas cobertas e depois ler mais um pouco. Tudo, é claro, à luz aconchegante das velinhas que ganhei.


P.S. Acabei de receber um e-mail com este link.
Agora entendi porque Sean Connery continua magnífico, mesmo velhinho.
E, impagável a cara de nerd do Kerouac. Justo a dele...




quarta-feira, 20 de janeiro de 2010



(Calvin - clique na imagem para ampliar)

Quando eu crescer, vou aprender a consertar encanamento, usar a furadeira, trocar o gás e dar adeus a esses caras que vem aqui e não fazem o serviço direito.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010



 (Travis Lampe  - Health women ear)



Hoje foi o meu último dia de férias e começo o semestre cheio de pendências.
E dúvidas.
Tantas que nem sei direito como avaliar as minhas prioridades.
Prometi não ficar enrolando para fazer as coisas ou tomar decisões, mas queria, sinceramente, uma ajuda do universo.
OK, eu sei: "99% de transpiração e 1% de inspiração".
Talvez eu precise andar mais. Andar sempre oxigena meu cérebro. Fico muito melhor quando ando todos os dias. Mas o calor, o joelho... e minhas eternas desculpas impedem que eu faça isso.
Certo, o calor me acaba. Não gosto mesmo e me sinto mal. O joelho dói de verdade. Mas, posso acordar mais cedo e andar quando não faz tanto sol. E andar pode melhorar o joelho. Nada que um tênis bom e alongamento não resolvam (acho).

Comecei a acupuntura hoje. Fiquei toda espetada com agulhinhas de ponta redonda. Uma, entre os dois olhos, antes da testa e no finzinho do nariz. Foi engraçado ficar olhando pra ela. Fiquei meio zarolha. Então, decidi fechar os olhos e relaxar. Doeu um tiquinho, não vou mentir. Mas, é suportável.

Que chuva mais chata do mundo. Sério, já está me dando nos nervos. 
Eu sei que quase todo mundo acha chuva uma coisa linda, romântica e blá blá blá. Eu acho chuva chata. Necessária, evidente, mas chata.

Cumprindo a meta de ler mais coisas bacanas este ano. Feliz por isso.
Espero que 2010 seja um ano de prazeres. Em todos os sentidos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


(Vladimir Kush)


Confesso que estou sem inspiração para escrever. Por isso, não repare nesses textinhos curtos e cotidianos.
Talvez a proximidade do fim das férias tenha causado em mim esse efeito colateral. Não sei.
O que sei, na verdade, é que deixei um monte de obrigações de lado e estou aqui, pensando se durmo, se assisto filme ou se vou ler, já que passei o dia inteiro na rua.

Ganhei uma vela linda esses dias. Presente da minha prima carioca. Estou escrevendo à luz de velas. Adoro. Acho tão aconchegante que, vez ou outra, apago a casa toda e deixo velas acesas pelos cômodos.
Aliás, aconchego é uma palavra que se parece comigo.
Dengo é outra.
Eu gosto demais dos dois. De aconchego e de dengo.

Uma amiga querida vai se mudar e, hoje, saí com ela para ajudar a escolher algumas coisas da casa nova.
Eu me perco nessas lojas que vendem coisinhas de casa: pratos, copos, tapetes, toalhas... Sou viciada em toalhas felpudas.
Falar nisso, é preciso mestrado em engenharia pra montar e instalar uma persiana.

Ô trabalheira!
Toda vez que me deparo com "problemas" assim, aperta (ainda mais) a saudade do meu pai.
Ele adorava fazer consertos e montagens. E eu sempre estava ao lado dele, com a importante função de segurar a lanterna ou guardar os parafusos. :P
Nesse aspecto particular, minha irmã é muito mais parecida com ele que eu.
Não sei se já falei aqui, mas meu pai também fazia o melhor cafuné do mundo.
E, não tem carinho que eu mais goste na vida que cafuné.
Isso, eu tenho quase certeza que você já sabe. E se não sabe, chegou a hora.
:)

Em uma das lojas que fomos comprar as coisinhas, a placa da "saída de emergência" estava em um lugar bemmmmmmm estratégico. Não resisti e tirei foto. 




(Quer entrar pelo cano?)


Mamilis voltou de viagem. Estava no Rio. Eu poderia ter ido, mas não quis. Sinceramente, tenho certeza que seriam dez dias passando mal por causa do calor.
E já que o assunto é o tempo, chove tão forte agora em São Paulo (mais especificamente, no meu bairro), que estou com medo. Raios e trovões não são, necessariamente, coisas divertidas pra mim.
Tirei tudo da tomada e estou aqui, torcendo para que esses raios passem logo.
Yansã que me perdoe, mas...

Fui ver, esta semana, dois filmes: "Lula, o filho do Brasil" e "Sherlock Holmes".
Cá entre nós, achei "Lula" muito ruim.
Poderia ter sido um filme bom. Poderia sim. Mas não foi.
E Sherlock, ao contrário do que eu gostaria, é um filme de ação (!).
Sabe sessão da tarde? Pois é. Passei o filme todo levando susto com as explosões e as lutas.
Mas tudo bem, a companhia foi boa. Como sempre.
Falar nisso, ganhei uma aposta. Quero só ver se vai ser paga...
 

Minha vizinha prestou vestibular esses dias e, entre uma pérola e outra, com o ar muito imponente, quis provar que está preparada para a nova vida e citou com muita propriedade, mais uma, das muitas sabedorias populares que aprendeu no Orkut:
- É, amiga... a vida é feita de aprovações.
Muito compenetrada (e morrendo de vontade de rir), fiz "sim" com a cabeça e não disse uma palavra. Claro.

:)


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


(Laerte  - daqui)

É tanto blá blá teórico, que me dá até preguiça.
Vou é pra ginástica, pra ver se sossego a cabeça.
Inté.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010



(George Grie)

Eu gosto da sutileza das coisas. E das palavras. Você sabe.
Por isso, pergunto:
Solitude é diferente de solidão?
A mim, parece que uma é escolha, enquanto a outra é renúncia.


"As pessoas são solitárias porque erguem paredes, ao invés de pontes".
(Joseph Fort Newton)
 


domingo, 10 de janeiro de 2010



(Alphonse Mucha) 


Quem me conhece um pouquinho mais, sabe que sou especialmente apaixonada por Henry Miller.
E também sabe que me elogiar, não é das coisas mais fáceis.
Eu sou arredia e desconfiada.
Mas... ser "comparada" com Anis Nïn, com requintes de sutileza, supera qualquer (qualquer) recalque da minha parte. Isso me derrete completamente.
Eu fico entregue.
O que atiça, não apenas o meu lado intelectual, mas o meu corpo.
E eu gosto muito, muito, muito, muito, quando meu corpo e minha mente se fundem.
Talvez aí more o meu verdadeiro eu. 
Um eu que só aparece para mim e... para poucos.
(Será que isso inclui você?)


P.S. Não sabe quem é Anais Nïn? Google. :P

sábado, 9 de janeiro de 2010


(Dali)


Depois de tanto tempo de terapia, é perturbador ouvir, pela milésima vez, a mesma coisa e perceber que uma das fichas ainda não caiu.
Ênfase, por favor, no ainda. 
Relações "freudianas" causam dependência e são difíceis de abandonar.
Minhas histórias se repetem. Parecem diferentes, mas não são.
Levei um susto quando me peguei fazendo uma analogia entre elas e percebi que a conselheira estelar está com a razão.
A história está se repetindo, de novo. Agora.
E eu acho graça. Porque eu já disse a você: eu não acredito no óbvio. E, cá da minha santa e imaculada ingenuidade, achei que, desta vez, estivesse fazendo diferente.
Só rindo.

Está achando tudo aqui meio cifrado? Metafórico demais? 
Não é sua culpa.
Enquanto escrevia esse post, lembrei de O estrangeiro, de Camus. Você já leu? Se leu, puxe pela memória e lembre-se da passagem mais famosa do livro. 
Lembrou?
Não, né?
:P
Pois é... pra explicar algumas coisas, acho mais "fácil" usar uma referência de livro, música ou pintura. Vivo assim no meu mundo interior. Ele é todo cheio de sentires e quereres. E é infinitamente mais completo do que o que falo, escrevo ou demonstro.
É uma pena.
Eu sou assim mesmo. Nem faça esforço pra me entender.
Talvez um dia eu aprenda a ser cá fora, o que eu sou cá dentro.
E, quando esse dia chegar, espero que você ainda esteja aqui.


sexta-feira, 8 de janeiro de 2010



(Pesare)

É estranho fazer compras quando se está sozinha em casa.
Uma maçã.
Duas ameixas. Da rubi, que são doces.
Um papaya. Talvez dois. Não, um só.
Um kiwi e meia dúzia de bananas.
Suco, suco e suco. Muito suco, porque mata a fome e não faz sujeira.
Pão de forma integral.
Patê de azeitona, patê de tomate seco, patê do que tiver.
Torrada, água com gás.
Tortinha de berinjela. Com j ou com g? Beringela, berinjela...
Detergente. Daquele que não resseca as mãos. E uma salada pronta, pra comer no almoço.
Levo pãozinho de batata recheado com Catupiry? Não, vai estragar, como da outra vez e... engorda.
:P

- Crédito ou débito, senhora?
- Débito.
- Mais alguma coisa?
- Tem suco de liberdade em caixinha?
- Suco de que, senhora?
- Nada, só isso mesmo. Obrigada.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


(Poesia do Drummond no chão iluminado do Museu da Língua Portuguesa, após apresentação)
*E o meu tênis intrometido.



(Parede da saída do auditório do Museu da Língua Portuguesa)



(Poesia do Augusto dos Anjos no chão iluminado do Museu da Língua Portuguesa, após apresentação)
*E o meu dedo intrometido.



Ontem acordei com uma tarefa ingrata: ir a um enterro. Mas eu estava sem carro, sem carona e choveu muito. Furou, claro.
Isso me fez ter a certeza de que ficar em casa, pronta, não seria uma boa ideia. Estou de férias, portanto, o melhor é aproveitar antes que os dias de folga acabem.
Então, saí. Com a melhor companhia do mundo, by the way.

Sempre quis ir ao Museu da Língua Portuguesa, mas olhava a Pinacoteca do outro lado da rua e, ficava por lá.
Dessa vez, fiz a escolha certa. Escolhi o novo.
Que bom, sabe? O novo (quase) sempre me deixa confusa. Mas, nesse caso, fiquei deliciosamente feliz.
Vi (e ouvi) uma exposição de textos da Cora Coralina. Tão simples e tão lindos... Como ela.  Fiquei lá, olhando, olhando, até que meus olhos se cansassem de ler.
E como se não bastasse, conheci o "cinema/auditório" do museu.
Dei sorte. Muita, muita sorte. Cheguei perto da hora de uma apresentação. Além de um pequeno filme (maravilhoso) sobre as origens das línguas no mundo, havia ainda um "espetáculo" multimídia.
Confesso que quando entrei, lembrei do "menino mais meigo do mundo", porque eu sei, ele iria gostar dali. Muitos sons, muitas telas. Tudo ao mesmo tempo. E agora.
Mas, sentada, ali no escuro, olhando para o teto e, praticamente, mergulhada em poesia, lembrei de *todos* os meus amores. Cada um deles. Cada um, em um texto diferente. Em uma música que me tocava a pele. Aquela manhã não podia ser mais minha. E mais eu.

De volta ao mundo real, andei, andei e andei pelo Centro. São Paulo sabe ser linda em sua confusão.
Mas eu me acho. :P
E, claro, achei um dos meus restaurantes preferidos. Toda vez que vou lá, fico com uma vontade louca de fazer um curso de gastronomia.
Sério, como pode alguém transformar tofu em uma coisa deliciosa? Alquimia pura. Não tem outra explicação.

Depois disso tudo, Paulista.
Amo, amo e amo.
Só de andar pra lá e pra cá, fico feliz. Inacreditavelmente feliz.
Antes de ir ao cinema, resolvi entrar em uma igreja perto da Consolação. Igrejas católicas me acalmam. São silenciosas, amplas, escuras e quase sempre, bonitas.
Com essa não foi diferente. Minutos ali, no silêncio de uma Paulista escondida, me fizeram bem. Além disso, é sempre bom ver a loucura de uma construção (que tende a) bizantina.

E por falar em loucura, assisti  à "Coco antes de Chanel". Achei o filme fraco. Faltou direção. Faltou o charme e a intensidade de Chanel, apesar da linda Andrey Tautou (pra sempre, minha Amelie do coração). Mas, Chanel é Chanel, e mesmo o filme não sendo o mais maravilhoso, Chanel é maravilhosa.
Assim, com o verbo no presente.
Ela tinha tudo o que eu prezo em uma mulher: força, personalidade, senso de oportunidade e elegância. Não apenas elegância no vestir. Chanel foi muito além disso. Muito, muito além. Há quem veja só o resultado, que no caso dela, se reflete em um estilo. Mas em meu mundo particular, alguém como Chanel, é mágica. Por dentro e por fora. Como uma discípula de Trismegistus.


(Imagem do filme Coco antes de Chanel)

Para o dia terminar perfeito, tomei um Frappuccino geladíssimo no Starbucks e comprei um sapatinho cor de abóbora (é, você leu certo, cor de abóbora).
E viva o cotidiano cheinho de pequenas felicidades.

P.S. As fotos estão péssimas porque a câmera do meu celular é daquele jeito. Quem tiver dica de um celular bom e com uma câmera bacana (a um custo não proibitivo), por favor, acuda-me.

P.S.2. Hoje me matriculei em uma academia de ginástica (só para meninas). Quero só ver. Fiz um daqueles contratos gigantes de um ano (pra garantir que a preguiça não vença).
Quero ver onde eu vou arrumar tempo.
Você aluga?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010



(Fernando Gonsales)

Se você ainda não viu Avatar, vá.
Logo.
Mas veja em 3D.
Não vai ser arrepender.
Mesmo.

Eu prometi que não compraria mais livros. Pelo menos, até que eu tivesse lido os que estão aqui, mas adivinha...
Acho que preciso de tratamento.
:P
(Lá no fundo, meu coração compulsivo acredita que Nova York, de Eisner, justifica qualquer compulsão).

Já contei que tenho uma barata de estimação?
Ela tem aparecido à noite, na sala, e como ainda não consegui matar, praticamente entrou pra família.
Ia dar o nome de Mafalda, mas acho que não quero ficar muito íntima. Sei que amanhã ou depois, ela vai, finalmente, se encontrar com o meu chinelo, então...


segunda-feira, 4 de janeiro de 2010









É, eu sou uma menina má.
E gosto mais do meu cabelo curto.
Por isso cortei. De novo.
Fico com cara de vilã. Daquelas bem ruins.
Então, cuidado.


(Pesare)


Gosto de olhar as pessoas sorrindo.
Me apaixono facilmente por sorrisos. E pelos detalhes que eles trazem.
Uma imperfeição charmosa no canto da boca. Olhos que se fecham e sorriem juntos. Dentinhos montados. Ombros que se movem para cima e para baixo, enquanto se dá uma gostosa gargalhada, covinhas...
Sorrisos assim, não vem junto com um corpo bonito, um rosto perfeito. Vão além disso.
Eu gosto de ver as pessoas sorrindo, porque ali, naquele momento, descubro uma beleza que não se vê facilmente. É nesse momento que me apaixono.
Dia desses, me peguei (de novo) em uma situação assim. O meu olhar sério, não era senão, deslumbramento. E eu fico tão sem graça em momentos assim, que... emudeço.
O mesmo acontece quando alguém me elogia. Ou me olha mais demoradamente. Ou me acha bonita.
Eu emudeço.
Não é a falta de costume. É a pura e simples vergonha de falar bobagem. De me entregar.
Porque, sinceramente, eu descobri. É muito mais fácil seduzir, do que ser seduzida.
E nada, nada, nada neste mundo é mais sedutor que um homem que sorri enquanto você fala.
Um homem que sorri pra você.
E por você.



sábado, 2 de janeiro de 2010

(Imagem do filme "O leitor")


Nesses últimos dias, vi mais filmes que no ano passado todo. Parece absurdo, mas é verdade.
É uma pena que eu ainda não tenha cabeça (e concentração) para ler mais.
Havia um tempo em que eu descansava lendo. Parece estranho, mas, de novo, é a pura verdade. Eu me divertia lendo e, honestamente, me sentia feliz com isso.
No ano de 2009, eu tive de ler muito. Só que, apenas coisas técnicas (e chatas). Comprei mais de dez livros para o meu prazer e ficaram todos, ou quase todos, parados na estante. Ou no criado-mudo. Que deve ter emudecido ainda mais de tristeza (com o perdão do trocadilho).
Este ano quero tirar um pouco o atraso. Vou investir mais meu tempo em pequenos prazeres. Não sei como, mas é uma meta.
Esse blá blá blá todo, só pra dizer que ontem eu vi "O leitor". E gostei muito, porque, há coisas ali que falam diretamente para mim. Tantas, que nem sei por onde começar.
Assistindo ao filme, lembrei de um tempo em que eu sentia vergonha de saber menos do que achava que precisava. E, claro, fiz muita bobagem por causa disso. Hoje continuo sabendo menos do que gostaria, mas e daí? 
E há livros no filme inteiro (claro). E um homem que lê para uma mulher. Isso me tocou profundamente, sabe? Porque eu gosto de fazer isso. E adoro que cantem e leiam para mim. Compartilhar leitura em uma cama, imprime à vida, um sentido extremo de intimidade. E, não há tempo, medo ou desilusão no mundo, que consiga tirar essa sensação de mim.

Ainda bem.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

.
Eu nunca fiz uma listinha dessas, então, perdoem. Achei a hora propícia.
Tornar essa lista pública é uma forma de eu assumir o que preciso. 
Lá vai...

Para 2010 (que começa hoje):








1. Cuidar mais de mim, isso inclui fazer ginástica (de preferência, 4 vezes por semana).
2. Ir ao médico e fazer os exames que estou adiando há um ano (ou dois anos). 
3. Comer (bem) menos doce - o que não tornará a minha vida amarga (repetir isso umas... mil vezes).
4. Reclamar menos. E ser menos crítica (ai!).








5. Sem mais assertiva e menos autoritária.









6. Comemorar meu aniversário (e não ficar com vergonha do Parabéns pra Você).








7. Ser mais tolerante (bem mais tolerante). Principalmente com a minha mãe (trabalho de Hércules, esse).
8. Eu já falei "comer menos doce"? E ser "mais doce"?
9. Não esconder o que eu sinto (e não inventar desculpas para camuflar).
10. Voltar a ler coisas legais e que me empolgam.










11. Gastar (muiiiiiiiiiiiiiito) menos. O que inclui aprender a econominzar e a guardar (marcar isso na agenda).
12. Aprender a usar agenda.  
13. Equilibrar trabalho x diversão (ou seja, me divertir mais).








14. Trabalhar metade e receber o dobro (OK, essa tá difícil cumprir, mas...).
15. Continuar vendo o lado positivo da vida. Mas não negar as dificuldades interiores. Aliás, definitivamente, não negar as dificuldades interiores (isso aqui está meio auto-ajuda).









16. Ser mais paciente, ou seja, ser menos ansiosa (repetir isso olhando para o espelho umas cem mil vezes).







17. Ver mais filmes e ir mais ao teatro. E... usar menos a internet.









18. Ser menos medrosa. Em todos os sentidos.
19. Parar, definitivamente, de deixar as coisas importantes para a última hora.
20. Cuidar de mim. E mesmo que o mundo seja contra, me amar muito. Cada vez mais. Sem intervalos comerciais.









P.S. Autoria das tirinhas:
Tirinha 1: Mirian Poodle
Tirinha 2: Mafalda, do Quino.
Tirinha 3: Mônica, do Maurício de Sousa.
Tirinha 4: Garfield, do Jim Davis.
Tirinha 5: Laerte.
Tirinha 6: Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes
Tirinha 7: Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes
Tirinha 8: Peanuts, de Charles Schulz
Tirinha 9: Laerte
Tirinha 10: Mônica, do Maurício de Sousa.
Tirinha 11: Mafalda, do Quino.