sábado, 9 de janeiro de 2010


(Dali)


Depois de tanto tempo de terapia, é perturbador ouvir, pela milésima vez, a mesma coisa e perceber que uma das fichas ainda não caiu.
Ênfase, por favor, no ainda. 
Relações "freudianas" causam dependência e são difíceis de abandonar.
Minhas histórias se repetem. Parecem diferentes, mas não são.
Levei um susto quando me peguei fazendo uma analogia entre elas e percebi que a conselheira estelar está com a razão.
A história está se repetindo, de novo. Agora.
E eu acho graça. Porque eu já disse a você: eu não acredito no óbvio. E, cá da minha santa e imaculada ingenuidade, achei que, desta vez, estivesse fazendo diferente.
Só rindo.

Está achando tudo aqui meio cifrado? Metafórico demais? 
Não é sua culpa.
Enquanto escrevia esse post, lembrei de O estrangeiro, de Camus. Você já leu? Se leu, puxe pela memória e lembre-se da passagem mais famosa do livro. 
Lembrou?
Não, né?
:P
Pois é... pra explicar algumas coisas, acho mais "fácil" usar uma referência de livro, música ou pintura. Vivo assim no meu mundo interior. Ele é todo cheio de sentires e quereres. E é infinitamente mais completo do que o que falo, escrevo ou demonstro.
É uma pena.
Eu sou assim mesmo. Nem faça esforço pra me entender.
Talvez um dia eu aprenda a ser cá fora, o que eu sou cá dentro.
E, quando esse dia chegar, espero que você ainda esteja aqui.


Nenhum comentário: