quinta-feira, 10 de dezembro de 2009



 (Olbinski)


As paredes da linha verde do metrô estão repletas de poesia. Re-ple-tas. 
Não, isso não é uma metáfora.
Entre uma escada rolante e outra, li Pessoa, Camões e Bilac. E senti, de novo, aquela sensação de pertencimento.
Aquela, que o "anjo com olhos de demônio" disse que eu sentiria um dia. 
Eu gosto tanto, sabe? Gosto tanto desses segundos de felicidade sem nenhuma explicação.
Eles são tão meus... Mas, gosto de dividi-los. Por isso, eu queria que você estivesse ali, comigo.
Quem sabe assim, você conseguisse enxergar a beleza guardada nas pequenas coisas do cotidiano. E entendesse o que, há dias, meus olhos tentam dizer quando vêem os seus.



2 comentários:

Pablo Carvalho disse...

O cotidiano está cheio de poesia, é só olhar: prédios com redes de contenção, como se embrulhados para presente; pessoas que quase se esbarram nas ruas e acabam dançando em torno na outra sem perceber; borboletas que entram pela janela da sala de aula; o dia de extremo calor que de repente nos abençoa com uma brisa. Acho que, quando a gente finalmente se permite ver, deixa de sentir que pertence a um lugar. E passa a pertencer a todos...
Mega abraço, Lia!

Lidiane disse...

Bito.
Isso é alquimia pura, né?
Beijo e outro abraço daqueles melhores do mundo.