segunda-feira, 31 de maio de 2010


Acabei de chegar de uma caminhada.
Deixei tudo para lá e fui andar.
Eu queria algumas respostas. Mas acho que ainda não estou preparada para elas.
De brinde, ganhei vento gelado no rosto.
Gosto de dias assim, frios e com sol. 
Outono, você sabe...

 (Garfield - daqui)

Esta madrugada (ou manhã, não sei), tive um sonho muito estranho. No fim, foi até reconfortante. Mais do que assustador ou confuso.
Acordei mais feliz, embora saiba que não foi real. Foi um sonho.
Acho que vou me render e acreditar no que ouvi dia desses. Ouvi que sonhos funcionam, muitas vezes, para "resolver coisas dentro da gente". Coisas que, em condições normais de temperatura e pressão, não conseguimos enxergar ou processar.
Talvez esse meu sonho tenha sido a tecla "sap" do entendimento que preciso de uma história passada. 
Talvez seja só delírio.
Quem sabe?
Na dúvida, vou fazer de tudo para que, finalmente, meu coração e minha mente entrem em compasso, em mim, na vida e nesse infinito e confuso universo bailarino.
Estou com os dedos cruzados em uma mão e fazendo figa em outra.


A vida, às vezes, faz a gente entender as coisas de uma forma meio torta.
Há alguns meses, reli uma historinha sobre ser feliz ou ter razão.
Todo mundo, claro, na teoria, prefere ser feliz.
Na prática, quer ter razão.
Eu não fujo à regra.
Na sexta, eu poderia ter ficado calada. Poderia ter me omitido e sido feliz. Mas, você sabe que eu não gosto de mentir.
Foi aí que lembrei da tal historinha do ser feliz ou ter razão.
A ficha caiu.
Tem coisas que a gente precisa ignorar. Não ouvir.
Entender, de uma vez por todas, que algumas situações não se resolvem assim, de uma hora pra outra.
E que em toda discussão, há sempre dois lados. Omissão de responsabilidade é para quem não sabe olhar além do próprio umbigo.
E nesse sentido, não peco. Sei que também tenho responsabilidade no que ouço e no que falo.
Sendo mais direta: eu sou reservada. É difícil se aproximar de mim. Se você se aproximou, foi porque eu, de alguma forma, deixei. E eu sou leal. 
Se você é meu amigo, meu amor, ou qualquer outra coisa, sabe que eu sou leal. E não me furto de conversar. De tentar entender. Mas chega uma hora que cansa.
E na sexta, eu cansei. Mas eu não queria. Voltei pra casa chateada porque acho que deveria ter ficado calada e deixado pra lá.
Hoje, "o menino mais meigo do mundo", adorável como sempre, tentou me consolar e me fazer entender que as pessoas, às vezes, são agressivas e mal educadas por insegurança.
Eu ouvi o que ele disse, claro. E compreendo. Porque todos somos assim, vez ou outra.
Você, eu, todos nós, já fomos ou seremos mal educados por insegurança
A verdade? Eu quero esquecer isso e continuar para "o alto e avante", como sempre.
Só que hoje, não consegui "jogar o jogo do contente" o tempo inteiro.
E, só fiquei realmente feliz quando ouvi, do outro lado da linha:
- Estou com saudade.
Porque eu também estou.
Muita.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Eu sei que para a maioria das pessoas esse "vídeo" não faz o menor sentido.
Para falar a verdade, eu nem gosto da Lady Gaga (e não me importo com o que as pessoas acham), mas essa música cantada, assim, e por eles, ficou muito, muito boa. 
Não me canso de ver (e rir).
:)






sábado, 22 de maio de 2010



Combledamende endubida.
Nunca espirrei tanto na vida.
E a garganta dóóóói.
Será que é reação à vacina?



sexta-feira, 21 de maio de 2010

 (Spiral Galaxy NGC 3190 Almost Sideways - daqui)


"Tão correto e tão bonito, 
o infinito é, realmente, um dos deuses mais lindos".
Legião Urbana - Quase sem querer
(passei o dia todo cantando essa música)



segunda-feira, 17 de maio de 2010

 (Gilmar, daqui)

Acabei de mandar um email para um amigo pedindo ajuda.
A resposta: 
- Eu também não sei. Onde eu amarrei meu jegue?

Saber, eu não sei, mas o dele deve estar perto do meu...

Fim de semestre é isso aí.


(Jacek Yerka)

Tanta coisa pra fazer e eu, sinceramente, nem sei por onde começar.
Fiz uma listinha (de três páginas de uma agenda pequena), mas não consigo me decidir.
Isso que dá passar o fim de semana na rua.
Mas, valeu.
Embora eu de-tes-te comida japonesa, lá fui eu para um restaurante super tradicional. Curso intensivo de cultura oriental e comidinhas exóticas. Comi, mas...
A verdade é que fui pela companhia. Estar entre amigos me faz bem, você sabe.
Depois, café no Girondino (que amo), passeio pela cidade e Virada Cultural.
Gostaria de ter aproveitado mais da Virada, mas fica para o ano que vem. Decidi que vou me programar para isso. De lindo mesmo, este ano, vi o Ballet Canela Fina.

Tenho pensado muito, sobre muitas coisas. Talvez por isso essa enxaqueca tão chata esses dias. Eu sou meio reticente em tomar remédios. Não gosto, mas os santos, anjos e robôs iluminem o inventor do Dorflex.

Esses dias recebi uma notícia de uma pessoa distante que, sinceramente, me abalou. E, de novo (e de novo), percebi que os caminhos tortuosos e sofrimentos aparentemente sem sentido, têm um sentido (óóóóóó!).
Mas, juro. Tive de me segurar para não mandar um e-mail dizendo que sentia muito. Acho que sinto muito mesmo.  Só que, não mandei e-mail, não liguei, não fiz nada. Porque, apesar de ter ficado preocupada, racionalmente a melhor coisa a se fazer é nada.
Acho que você entende.
(E essa imagem do Yerka... é tão parecida com a imagem que guardo na memória...).

Falar nisso (e trocando de assunto), gente ingrata é o fim, né?
É!

Alguém está vendo Lost?
Eu sabiaaaaaaaaaaaaaaa. Esse Jacob é um tonto.
Homens de preto, além de mais interessantes, têm mais história pra contar.

sábado, 15 de maio de 2010

(Vladimir Kush)

Sabe a verdade? Eu gosto de gente que ferve por dentro. Gente de idéias, não de ideais. Gente que me inspira, me incita e me faz acreditar que é possível transformar o improvável em matéria. Gente que pensa e que vibra. Gente que faz desaparecer o mais sólido dos conceitos, lá onde termina o infinito negativo e começa o positivo. 
Gente de conhecimento, de prática e de imaginação.

Você é assim?


"Detesto almas acanhadas. 
Nada têm de bom e quase nada de mau".
Nietzsche

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Só "xorandu".




 (Imagem do filme Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton)

Está friozinho e eu estou feliz por isso. Me sinto bem mais à vontade no outono. Nem muito calor, nem muito frio. Uma delícia.

Esses dias percebi que sou mais normal do que imaginava. Como tem bizarrice nesse mundo! Ouvi tantas histórias completamente loucas esta última semana, que me sinto pintada em tons pastéis. O meu vermelho ganhou várias pincelas de um branco sem medida.

Ontem teve um coral de crianças na sala dos professores, meia hora antes das aulas começarem. Encantada total. Coisa mais querida do mundo ouvir aquelas coisinhas cantando em um dialeto africano, afinadas e sorridentes. Tão diferentes dos meus alunos adultos, cansados e cheios de senãos...

Não gosto de futebol, mas ultimamente me divirto demais provocando os alunos, os meninos do audiovisual e os manobristas do estacionamento lá do trabalho.
Eles não conseguem acreditar que eu torço pro "Bahia" e ficam bravos com o meu repertório de piadas sobre os times e resultados dos jogos.
Eu não sei onde ouvi isso, mas concordo: "a melhor parte do futebol é poder 'zoar' os fanáticos.

Dentista, ontem, passou meia hora só falando de Lost comigo. E eu de boca aberta.
Pelo menos, ele foi bonzinho e apertou menos o aparelho.
No próximo mês, eu estou no sal. A série acaba esses dias.

Fui ver Alice, hoje. Em 3D, claro.
Ao contrário da maioria das pessoas com quem conversei, gostei da história, gostei de ver uma Alice mais velha, da ideia do sonho como fio condutor do enredo e da solução encontrada para o final. Que, é claro, não vou contar.
Mas, não gostei do Deep no filme. É como se eu estivesse vendo Willy Wonka, na Fantástica Fábrica de Chocolate, com cabelos diferentes e olhos verdes. A mesma caricatura, os mesmos traquejos.
Em compensação, a Rainha de Copas estava fabulosa. A personagem mais intensa e bem trabalhada no filme.
Além disso, o gato Cheshire, com um temperinho de maldade, me deixou secretamente feliz.
Os efeitos em 3D foram pobres e faltou um "quê" que me arrebatasse. Na verdade, eu esperava mais intensidade de Tim Burton. Mas, sim, eu veria o filme novamente. Vale a pena.

terça-feira, 11 de maio de 2010

(Dali - Fantasma de Vermeer Van Delft que pode ser utilizado como mesa)


Eu sei que é difícil acreditar, mas sou silenciosa.
Não gosto de barulho, então, não faço muito barulho.
Andando, comendo, vendo tv, lendo e dormindo, eu sou silenciosa.
Gosto de música baixa, gente de voz melódica, carros que não roncam e barulho de metrô. Única e exclusivamente porque abafa o som das pessoas.
É claro que há momentos em que eu falo. E falo muito.
Gosto de conversar. E se acho alguém que tenha assunto, desando a conversar. E rir.
Nesses momentos, entre os amigos, eu sou falante. E eu trabalho falando.
Fora isso, nem vai perceber que estou em casa ou em algum lugar. 
Tudo isso pra dizer que detesto gente barulhenta. Gente que narra os acontecimentos cotidianos:
- Agora vou lavar louça.
- Tenho de ir ao banco hoje.
- Este leite está quente, mas vou tomar com biscoito gelado.
Também não gosto de quem respira alto. É muito estranho alguém provando pra você o tempo todo que está vivo porque respira. Eu já sei que está.
Sim, estou meio emburrada. Talvez se eu dormisse um pouco mais e tivesse mais tempo para decantar meus pensamentos, não me incomodaria tanto o barulho do mundo.
Mas isso não acontece, então, fiquei  feliz quando esses dias, perguntei a um amigo o que faríamos até derminada hora. E ele disse a frase mais deliciosa da semana (acho que depois de ler meus pensamentos):
- Nada. Hoje vamos ficar só olhando.
E ficamos.



segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tenho muito a dizer, não.
Só não tenho tido muita paciência para o-mais-do-mesmo. O que inclui gente depressiva.com e compras no supermercado.
Então, para não falar bobagem, prefiro me preservar e ficar observando. O que, claro, não me confere, exatamente, o status de boazinha. 
Melhor pensar bobagem, que falar bobagem, certo?

Ah! Vi 2012 (com meses de atraso). A.i.n.d.a bem que não gastei dinheiro no cinema. 
Alice ainda está na pauta. E O Homem de Ferro também. 
Só falta arrumar um tempinho...


(Benett - daqui)

domingo, 2 de maio de 2010


(Laerte - daqui)

Rindo aqui.
Hoje, aliás, agora há pouco, disse uma coisa parecida para o "meu amigo psicólogo".
Nem tudo é paranóia, obssessão, neurose ou histeria.
Às vezes, é só o cotidiano mesmo.