domingo, 16 de outubro de 2011


(Paul Klee - Hot Pursuit)

Uma preguiça danada. Chuva, chuva e chuva. Não gosto, você sabe. Mas saí para andar. Eu, meu indefectível casaco impermeável e uma sombrinha cor de vinho fizemos quatro quilômetros molhados. Dessa vez, sem música e sem fones de ouvido. O segundo que perco em uma semana. Está ficando estranho.
Li o Estadão todinho quando voltei. Nada de novo. As notícias se repetem a cada semana. E eu, insistente, continuo procurando alguma coisa que me faça acreditar. Em que, não sei. Mas gosto de pensar que existem possibilidades que vão além do mundo previsível e provisório em que vivo.
Como se isso não bastasse, talvez por distração, resolvi me preocupar com futilidades.
A questão é que há duas semanas tento comprar roupas e não consigo. Nadinha de nada. Se eu gosto (o que é raro) não tem meu número. Se não gosto, sobram modelos, cores e tamanhos. Tudo de uma cafonice sem fim. Abaixo as flores e estampas de vovó!
Só por revolta, comprei um sapato. Lindo. Alto. Bico fino. E preto, claro. O 37 ficou folgado. O 36 apertado. Mas era tão lindo que um pouquinho de aperto não me faria mal, certo?
Comprei o 36, então.
Fiquei com ele um pouquinho antes da festa "pra amaciar". E adivinhe... saiu do pé a noite inteira. O que foi agora? Meu pé encolheu de um dia pro outro?
Voltando a minha realidade, larguei de mão o livro indiano que a Mouzes me emprestou e comecei a ler "Uma Odisséia no Espaço", de Artur C. Clarke.
Novamente encantada.
Depois copio aqui um trechinho que me tirou a respiração.
Ouvindo Adele sem parar. Best for Last e Rolling in the Deep já entraram na minha lista de preferidas. Que voz é aquela, hum?
Ontem, comprei quatro filmes. Todos velhos. Mas, que valem a pena.
- Taxi Driver;
- Patton. Rebelde ou Herói?
- Lua de Fel;
- Poderosa Afrodite.

Então, se eu sumir, já sabe. Vendo filme, ouvindo música, lendo livro ou reclamando do horário de verão.

P.S. Essa imagem de Paul Klee me ocorreu quando estava lendo Odisséia no Espaço. É perfeita para ilustrar o livro.

2 comentários:

Fabiana Lopez disse...

Foi Oscar Wilde que disse qualquer coisa sobre as futilidades serem essenciais? Não sei, e fico feliz em ter encontrado um blog (e uma pessoa real por trás dele) interessante. Culpe Kurt Halsey. E não desapareça, com suas andanças pela chuva, sua música e indicações cinéfilas. Um abraço, Fabiana Lopes.

Jaime Guimarães disse...

Maldito horário de verão!

Bela imagem, perfeita mesmo.

Por falar em filmes, comecei a assistir aquele indicado por você. Mas assisti só 5 minutinhos :( Vou dar um jeito de colocá-lo em um DVD e assistir na TV. Não tenho muita paciência pra filmes, ainda mais na tela do PC. Vou assistir sim, tenha fé! #oremos rs

Roupas, coisas novas...talvez esteja faltando algo diferente, né, Lidi? E acho que nas chamadas futilidades até podemos encontrar esse "algo novo".

Sei lá, apenas um palpite.

Bjks!