quarta-feira, 19 de outubro de 2011

 (foto da NASA - daqui)

Eis o porquê do meu interesse e paixão por Arthur C. Clarke.
Este é apenas o prólogo do livro "2001. Uma Odisséia Espacial". Imagine o resto...

E sabe, em uma recente pesquisa para um texto acadêmico, tive o prazer de citar A.C.C. Pude relacioná-lo ao que há de mais moderno, hoje, na educação à distância. Adorei ter feito isso. Foi meio incomum e acho que foi o grande barato do negócio.
O detalhe mais legal foi me sentir contemporânea dele. Afinal, o homem nasceu no século passado (1917) e, bom... eu também (mesmo que o intervalo seja maior que 50 anos, está valendo).
:P
Pois é. Sou fã mesmo.

Espero, sinceramente, que goste do texto. Digitei pra você que, mesmo não estando sempre aqui, está comigo sempre.

"Erguem-se trinta fantasmas atrás de cada homem vivo. É esta precisamente a proporção entre os que ainda vivem e os que já morreram. Cerca de cem bilhões de criaturas humanas já pisaram o planeta Terra desde que o mundo existe.
É uma cifra interessante, pois por coincidência, há aproximadamente cem bilhões de estrelas nesse universo particular, a Via Láctea. Portanto, para cda homem que viveu corresponde uma estrela em pleno brilho.
Mas cada uma dessas estrelas é um sol, frequentemente muito mais brilhante e resplandescente do que a pequenina e vizinha estrela a que chamamos de Sol. É em torno de muitos deles, da maioria, talvez, desses sóis desconhecidos, que giram os planetas. 

É quase certo assim haver no céu, terra suficiente para proporcionar a cada membro da espécie humana, incluindo o homem-macaco, o seu paraíso - ou inferno - particular, do tamanho do mundo.
É impossível saber quantos desses paraísos ou infernos em potencial são habitados e por que espécie ou criaturas o são. O mais próximo deles está situado um milhão de vezes mais longe que Marte ou Vênus, essas metas ainda remotas para a próxima geração. Mas as barreiras dessa distância desmoronaram. Chegará o dia em que haveremos de encontrar entre as estrelas os nossos semelhantes - ou os nossos mestres.
Os homens custaram a enfrentar essa perspectiva. Alguns ainda continuam esperando que ela nunca se torne realidade. Entretanto, cada vez é mais frequente a pergunta: não será possível que tenha acontecido tais encontros, visto que nós mesmos estamos prestes a aventurar-mos no espaço?
Por que, não? Este livro bem pode ser uma resposta para pergunta tão razoável. 

Mas, por favor, lembre-se de que ele é apenas ficção.
A verdade, como sempre, será muitíssimo mais estranha".


Arthur C. Clarke
2001. Uma Odisséia Espacial (em 1973).


Um comentário:

Jaime Guimarães disse...

"Chegará o dia em que haveremos de encontrar entre as estrelas os nossos semelhantes - ou os nossos mestres."

Não é? Mesmo que seja apenas ficção... mas é pra coçar as oreia! rs É muito bom mesmo.

Você precisa ler "Crônicas Marcianas", do Bradbury. Ou "Farenheit 451". São ótimos. Podem não ser tão...líricos como Clarke, mas são ótimos livros :)

Beijo,Lidi!