quarta-feira, 12 de outubro de 2011

(Angeli - clique na tirinha para ampliá-la)

TPM no último grau. Então, imagine como eu, criatura doce e ariana, estou...
A salvação é andar. Andar até cansar. 
E lá vou eu pelo bairro. Enlouquecida, de tênis, fones de ouvido e óculos escuros. O disfarce perfeito. Nem eu me reconheço tão atlética.
Bob Dylan canta pra mim. E, pela décima vez esta semana diz que "the answer, my friend, is blowin' in the wind". 
Eu acredito. 
Abro a janela quando chego em casa e tento escutar. 
Houve um tempo em que eu também podia ouvir as árvores. Era uma conversa silenciosa. Elas balançavam, eu entendia. Mesmo quando estavam paradas, eu entendia. Nunca soube se elas também me ouviam. 
Desde a caminhada de ontem, estou com umas ideias estranhas. Desconfio que seja por excesso de oxigênio. De qualquer forma, pensei em vender meu carro e viajar pelo mundo. Estudar, viver vidas diferentes. Talvez seja só uma tentativa de "fugir de casa". Adolescência tardia.
Também pensei em tirar habilitação pra moto nas próximas férias. São Paulo é a pior cidade do universo para se andar de moto, mas não posso ouvir o ronco de uma motona que fico toda boba. Aposto que você não sabia disso...
Das maluquices, qual a maior? Ou maluquice também não tem métrica?
A verdade é que, estou sendo injusta comigo. Eu fiz coisas legais ultimamente. Claro que foi no meu ritmo, e dentro das minhas possibilidades. Mas estou me achando estacionada. Paradona mesmo. Li pouco e isso me incomoda. Então, quero ler mais. Não por obrigação. Por prazer. Estudar coisas legais, ler livros que me façam pensar. Cansei de textos técnicos chatos. São importantes, mas tesão também é importante. O meu está no pé.
Ontem, fiquei um tempão falando de filmes com uma colega de trabalho. Quero ver mais filmes.
Quero me sentir transbordando de novo. 
Enquanto isso não acontece, vou ali, tomar banho, almoçar e tentar me divertir um pouco antes de mergulhar no trabalho (como se eu conseguisse me concentrar).
Depois volto.
E se você aparecer, a gente conversa.

P.S. Feliz dia das crianças. Vou comer biscoitinho com mel para comemorar! Nham!



2 comentários:

Maísa Picasso disse...

Essa história de viajar é boa, amiga. Largar e vender tudo pode parecer loucura, mas e se você começar com metas pequenas como um curso no exterior? Aí você pode ir ficando, ficando, viajando, descobrindo, fazendo amizades...

Jaime Guimarães disse...

Estamos sempre querendo "fugir de casa", incompletos e cheio de expectativas que somos...

E lá no íntimo talvez tenhamos a resposta, mas o que emperra, o que causa medo? É difícil.

Bjs!