terça-feira, 27 de setembro de 2011


(Cena de A Promessa)

E daí que em uma terça-feira à tarde, larguei tudo para assistir a um filme?
Estou tentando me convencer de que isso é perfeitamente plausível. Além disso, ver filmes faz parte do meu trabalho (não faz?). E a vida é feita também de prazer (não é?).
A verdade é que, mesmo com o ritmo menos agitado neste semestre, os prazos começaram a apertar e eu, claro, deixo tudo pra última hora. Aquela história toda da personalidade com tendências a masô que você já conhece.
Enfim, chutei o balde. Depois de elaborar uma prova, corrigir umas coisas, mandar e-mails chatos, voltei pra cama e vi "A Promessa" (de Kaige Chen)
Filme mais lindo (mesmo que a crítica diga o oposto).
O início é tão inacreditável, que me senti em um quadro do Klimt. Acho até que, em alguns momentos, durante as duas horas de filme, devo ter deixado de respirar.
Em outros instantes, senti que poderia desligar a TV e voltar a trabalhar. Beleza demais pra um dia só.
Gostaria mesmo de ser assim mais tempo. Lírica e despreocupada.
Mas o dever me chama e não vou fugir do que eu sou de verdade.
Com sentimento de culpa ou não, fiz o que acho que devia ter feito. Com o resto, me viro depois.
Vou torcer para.

2 comentários:

Pablo Carvalho disse...

Mais uma razão gritante para você assistir Direito de Amar. Filmes que gritam com a direção de arte sempre deixam o dia mais bonito. Se jogue!

Maísa Picasso disse...

Hum...esses filmes brincam com nossos sentidos. É o m-á-x-i-m-o. Você disse "vou torcer para". Vai dar certo! A vida abençoa quem sabe viver, quem aprecia o certo, o que precisa ser feito, mas recolhe pausas em seu dia. Um super beijo!