(Tamara de Lempicka)
Eu acredito, acredito mesmo, com todas as minhas forças, que tudo tem um porquê.
Chame do que quiser. De crença, de bobagem ou de medo. Eu não me importo com o nome.
Aliás, ultimamente, não tenho me importado com muita coisa.
Não é descaso, não é desdém. É só o entendimento de que o que realmente importa, vai além do óbvio. E o universo é cheio de sutilezas e curvas sinuosas. Algumas delas, vai desculpando, são as minhas.
Se alguém não enxerga isso, aí já não é problema meu. E essa é uma das diferenças do meu hoje e do meu ontem. Hoje, o que não é problema meu, não é problema meu.
Eu me enxergo assim. E se alguém não me vê dessa forma, o que eu vou fazer? Me submeter?
Você me conhece. Sabe que não.
Se me quiser por perto, ótimo. Se não quiser, a escolha é sua. E é legítimo e honesto dizer não.
Essa é uma posição que me faz ser honesta e dizer abertamente o que tenho pensado sobre mim. E sobre minhas escolhas. Uma delas é não me esconder mais.
Não é fácil, mas eu já entendi. Sou diferente. Somos únicos em uma imensidão de iguais. Paradoxal? Eu também acho, mas nem tudo é lógico.
Não vou me esconder mais. Nem de você, nem dos meus medos, e nem dos meus sonhos mais inconfessáveis.
Um deles é de me sentir linda. Por dentro, por fora e por todos os lugares.
É engraçado como eu tenho de medo de conseguir e faço tudo ao contrário. Minha mente briga com a minha alma constantemente e temos aqui, não uma relação dialética, mas de poder. Quem é mais forte? O intelecto ou o sentimento?
E eu dou risada. Como se minha mente e meus quereres fossem indissociáveis. Não são, porque ambos sou eu. Um eu que você não conhece. Ainda assim, a lua que eu vejo agora, é a mesma que ilumina o seu caminho Com a diferença de que um de nós dois, olha para cima e vê o céu, enquanto o outro, mergulha no infinito.